Evento 01 - Temporada de Migração

Narração
para Marine Hosoki

???: Que falta de autoconfiança garota! Eu sei que com todo o seu potencial e meus TM's, você derrotará qualquer oponente sem nenhuma dificuldade! — o vendedor argumentou novamente para quando a jovem não demonstrou tanta segurança no que era dito sobre si. Seja como for, ele estava empenhado em sua tática de comerciante para fazê-la comprar o produto.


Assistiu-a apontar para os CD's dispostos na bancada e acenou positivamente para com seu palpite do que seria um TM. Faltava entretanto, explicar perfeitamente para que pudesse despertar o interesse de Marine. E isso o vendedor sabia como fazer.


???: TM é uma abreviação de Máquina de Técnicas, o que seria em resumo um grande tutorial para ensinar algum movimento novo ao seu Pokémon. Pode parecer algo bobo na premissa, certo? Afinal seus Pokémons aprendem vários movimentos naturalmente na cadeia evolutiva de sua espécie. Então, por que comprar um TM? — mudando seu tom de voz para um brincalhão quase como um divertido palestrante, mostrava a cada instante suas boas habilidades de comunicação para as vendas. — O motivo principal dos maiores treinadores chegarem aonde estão são os TM's! Eles permitem que um Pokémon aprenda técnicas que naturalmente não aprenderia, o que torna o seu arsenal de movimentos inesperado e nunca antes visto! É literalmente a possibilidade de ensinar algo inédito ao seu Pokémon. — tomou um dos CD's em sua mão, girando-o habilmente em seu dedo indicador para o apresentar. — Esses CD's contém diversas aulas, seja em áudio ou mesmo vídeos, de como ensinar tal técnica aqui contida para o seu Pokémon. Ao compra-lo poderá passar o código do TM para seu C-Gear e ter acesso a todos os tutoriais, que podem ser usados em mais de um Pokémon da sua equipe. É literalmente pagar para ter uma aula para todo o sempre de um certo movimento! — reposicionou o disco na bancada em seu lugar de origem. Com o fim da explicação aguardou para ver se a morena ficaria entusiasmada ou não com o produto. — Estaria interessada em algo tão impactante para sua jornada de treinadora?

Fiquei feliz ao ver que a fotógrafa ficou satisfeita com o trabalho, ela parecia ser muito simpática e divertida. Posicionei o tripé adequadamente e me afastei ao ter certeza de que estava firme e tudo certo para ser usado.

Apertei feliz a mão dela e sorri ao ouvir o seu nome, com certeza queria encontra-la mais vezes para conversar e ver as fotos que ela faria do lago e dos pokémons. Mas por enquanto eu precisava resolver mais uma questão.

— Sim! É mais do que o suficiente, eu agradeço muito. — Falei educadamente ao vê-la oferecer o dinheiro, pegando e colocando dentro da minha própria carteira. — Foi um prazer te conhecer Diúlia! Espero que nos encontremos mais vezes. Pode me procurar pelo lago se precisar de mais ajuda. Eu preciso encontrar alguém que perdeu uma peça de barraca, se você ver alguém assim só avisar para me procurar!

Coloquei a mochila nas costas e chamei Carmelita, que estava entretida lambendo seu pelo. Ela veio caminhando lentamente e subiu em minha mochila, deitando de forma esparramada de novo enquanto terminava de lamber sua patinha.

Após me despedir de Diúlia, segui confiante e positiva pelo lago, feliz por encontrar alguém simpático e de bom humor e poder ajuda-la a resolver o seu problema. Voltei então a procurar por alguém que estivesse com problemas para montar sua barraca, olhando atentamente para os lados para ver se encontrava. Sentia levemente o cheiro de mel no ar, pensando que seria uma boa ideia comer um pouco para acompanhar a ocasião dos pokémons insetos. Mas primeiro precisava ajudar a pessoa que perdeu a peça da barraca.

Quanto mais próximos da área comercial melhor eu entendia o motivo de tamanha salivação dos pokémons. Um aroma gracioso roubava bastante a atenção no ambiente, principalmente para Pokémons com faros ainda mais apurados. Não me surpreendo por ter atiçado tanto o apetite de Nami. E bem, o Heracross atrás não parecia muito diferente também. O que doces não fazem para crianças não é mesmo!

O quê? Essa saliva escorrendo do canto da minha boca...? N-Não é nada não!


— Azuriiiii! — o grunhido alto mais uma vez chamou a atenção assim que chegamos próximos da barraca.


A Azurill se soltou de meu antebraço para alcançar o chão, pulando em cima de sua própria cauda para não se ferir. Havia encontrado seu amigo, também um ratinho, e alegrou-se de ter novamente a companhia deste. Colocou as patinhas no chão após quicar em sua cauda e comentou para com Pichu o quanto o cheiro do mel era atrativo. Estava desesperada para provar e compartilhou tal sentimento com seu amigo. Eu, apenas assistindo toda essa cena, sorri contente. Não faria mal comprar algo tão gostoso assim para eles... não que eu queira provar, é mais para eles. Entende né?

Finalmente encontrei com os olhos a dona da barraquinha. Como uma delicada boneca, a doce menina exalava uma aura tão amável que me deu ainda mais vontade de comprar. Ela é tão doce quanto o produto que vende!


— Ah! Boa noite. Gostaríamos sim! Este aroma fantástico desperta tanto o interesse... vocês fazem um trabalho incrível com esse mel! — tentei parecer simpática mesmo sem conhecer direito o produto. A garotinha era tão doce que eu não poderia agir de outra forma. — H-Hey! Heracross! — assim que pensei no aroma desse mel e como as pessoas comentavam de seu sabor, me virei para o inseto entusiasmada. — O que acha de separarmos um pouco desse mel em um potinho e você entregar de presente para a fêmea?! Seria um presente ideal, romântico e saboroso! Ele cumpre todos os requisitos para conquista-la! — por um segundo deixei de falar com a atendente para anunciar a ideia ao Heracross. Se ele concordasse, estaríamos prontos para colocar o plano em ação!



Os pios de energia foram substituídos por uma longa tontura assim que entrou em contato com a árvore destinada ao seu impacto. O seu bico não era forte o suficiente para causar qualquer estrago; o resultado foi somente ser jogado para trás enquanto rolava, bastante tonto. Não conseguiu ver nada do que aconteceu após sua batida devido a tontura. Havia os sons de impacto dos outros Heracross e diversas árvores sendo derrubadas uma seguida da outra. Seu bico poderia não causar estrago, mas sua própria existência já era um caos para a natureza.

Ergueu a cabeça um pouco mais recuperado a tempo de ver as últimas árvores caindo em efeito dominó. Piou alegremente em comemoração. Provavelmente Ace achava que iniciou toda essa discórdia com a força de seu bico. Bem, de certa forma ele não estava errado.

Suas comemorações foram cessadas quando mais uma vez foi pego pela Heracross fêmea e saíram correndo de onde estava. O pintinho se deixou ser levado -principalmente pela tontura, o que não o deixava discutir direito. Mantinha-se rindo alegremente pelo o que causou.

Narração
para Marine Hosoki

???: Ora, mas é claro minha jovem! — respondeu em grande entusiasmo quando notou que havia despertado um interesse mínimo em Marine. — Em comemoração ao Evento de Migração destinado aos Pokémons insetos, trouxe apenas TM's que correspondem a movimentos deste mesmo tipo! É uma grande homenagem à eles! E claro, estão com um grande desconto comparado com seus preços no Centro Pokémon. — anunciou energicamente enquanto que com suas mãos recolhia um exemplar de cada disco. Girou-os e dispôs na bancada de frente para Marine, começando a apontar um por vez. — Possuo aqui os TM's que correspondem as técnicas Leech Life, X-Scissor, Infestation e U-Turn! Todos movimentos incríveis que podem mudar o rumo de uma batalha. Inclusive não sei se é de seu conhecimento mas... um dos ginásios desta região é característico pelo tipo grama. Imagina como seria capturar um inseto desta floresta e levar um desses TM's para sua equipe! Estaria bem preparada para enfrentar o ginásio!

Narração
para Leona Reinhardt

Diúlia: Prazê também viu! Dipois a gente cunversa mais! — acenou quando notou a pressa que Leona demonstrava para continuar seu trajeto; não se incomodou, afinal ela deveria ter seus motivos. A assistiu colocar a mochila nas costas e sua gata subir. E então ouviu algo sobre peça de barraca. Sua expressão mudou no mesmo instante para refletir sobre algo. — Uma peça de barraca perdida... oxi mai nun tinha passado alguém me perguntando isso aê não?


Demorou alguns segundos para o estralo acontecer em sua cabeça. No entanto, quando pensou em falar algo em voz alta notou que Leona já havia se afastado. A fotógrafa murmurou baixo para si mesma.


Diúlia: Acho qui era a infermera qui falô isso, disse até qui ia procurar dentro da floresta. Ah, essas pessoa da cidade grandi não espera a gente pensá pra responder também. — bradou um pouco inconformada. No fim, deixou de lado visto que Leona já estava seguindo para outro rumo.


Para a jovem mecânica, que havia interrompido seu trajeto anterior para auxiliar a fotógrafa, tudo continuava igual. Estava mais uma vez aproveitando da caminhada ao redor do lago enquanto procurava por alguém necessitando de auxílio. Já estava no anoitecer e todas as barracas estavam devidamente montadas. Talvez o dono da peça já poderia ter saído do evento ou desistido de monta-la, guardando tudo novamente. Seja como for não parecia concluir sua busca.

Finalmente terminou toda a volta ao redor do lago após longos minutos de caminhada com brisa fresca. Estava no ponto de origem mais uma vez: a área comercial, repleta de barraquinhas. As mais destacáveis eram a da Fazenda Hoshino e do Apiário Sweet, atualmente já com clientes em suas frentes. De rostos conhecidos conseguia notar Vitória e Subaru, ambos em ocupados comprando ou vendendo.
Carmelita sentiu então, de repente, o doce aroma do mel alcançar seu olfato com uma indiscutível vontade de prova-lo.

Narração
para Hoshino Subaru

A cliente se mostrou ainda mais interessada quando toda a jornada da criação do produto foi explicada por Subaru, enaltecendo passo a passo para alcançar tamanho resultado de qualidade. Estava definitivamente surpresa. Não conseguiu expressar nada em sua face; estava embasbacada que não havia conhecido este produto anteriormente. Era como se um novo mundo estivesse se abrindo em sua frente e Subaru conseguia identificar os pequenos sinais na face da moça. Ela adorou.

Com calma depositou a tigela que lhe foi oferecida na bancada e abriu sua bolsa, retirando de lá sua carteira. Os olhos castanhos se dirigiram para os rosados de Subaru e, finalmente abrindo um grande sorriso, anunciou:


???: Eu irei comprar com muito prazer! Tenho certeza que minha Happiny crescerá saudável com um produto desses. — convencida de tudo o que ouviu e experimentou, aguardou ansiosa para ter o leite em mãos. — Qual é mesmo o valor de uma garrafa?


Simultaneamente os efeitos nutritivos do leite abasteciam toda a reserva de energia de Pollux que havia sido destruída pelos efeitos do veneno imediato. Graças ao Antídoto havia sido curado e agora, graças ao Moomoo Milk, estava restaurado perfeitamente. Agora a única coisa que o incomodava era não ter provado do Honey que tanto aromatizava o ambiente, trazendo uma grande vontade de experimentar assim como Windie e Munchlax faziam.

Continuei andando pela área das barracas, procurando por alguém que pudesse estar precisando de ajuda, sem sucesso. Cocei a cabeça envergonhada, pensando que eu poderia ter perguntado para Diúlia antes de me afastar, talvez ela soubesse de algo. No fim, também estava desistindo de procurar, guardaria a peça e a manteria comigo para caso ouvisse alguém comentando sobre ela.

Não tinha muito mais o que fazer quanto a isso. Estava um pouco frustrada quando senti aquele cheiro doce de mel ficar mais forte, enchendo minha boca de água. Carmelita parecia ter notado também, podia sentir o seu peso se movendo na mochila, e suas patinhas então pressionando contra meus cabelos, enquanto ela cheirava o mel e nos levava em direção a ele.

Notei Subaru lá perto, vendendo o leite da sua fazenda. Iria passar por lá para comprar uma garrafa também, mas primeiro eu precisava urgentemente provar aquele mel. Entrei na fila para comprar um pouco, aproveitando o dinheiro extra que fiz ajudando Diúlia. Foi então que meus olhos repararam mais uma figura conhecida, Vitória estava ali também comprando o mel, falaria com ela quando tivesse a chance.

— Parece muito gostoso, não é Carmelita? — Perguntei a gata, olhando para cima. Ela parecia quase hipnotizada pelo cheiro, a linguá pendendo pra fora e os olhos brilhando, morrendo de vontade de comer aquele doce.