Evento 01 - Temporada de Migração

Narração
para Hoshino Subaru, Leona Reinhardt e Ayn Grekhor


Estava chegando ao final da primeira batalha entre Cecília e Subaru perante a fraqueza que ambos os pokémons apresentavam. O pinguim, sendo jogado para o alto por fortes ventanias, estava a mercê de seu oponente graças ao cansaço dos sucessivos Bubble Beam's, enquanto que Combee mostrava-se fadigado de tamanho esforço por também realizar diversos Gust's seguidos tanto no Pancham quanto no Piplup. Era evidente que estavam desgastados o suficiente para fazer o combate durar um turno a mais. Se encerraria ali.

O restante de energia aquática que o pinguim possuía foi disparada em jatos sem intensidade para ferir, visando somente molhar o oponente. Tal movimento foi inteligente pois tornou ainda mais difícil o bater de asas de Combee, fadigando-o ainda mais; foi preciso somente segundos para que a ventania perdesse todo o seu poder e Polluxcomeçasse a cair. Seria um movimento final de grande impacto que obviamente feriria os dois lados quando o Peck se chocasse com o pokémon abelha-colmeia. E foi analisando qual movimento seria mais vantajoso que um raio de luz avermelhado cobriu Combee por completo.


Cecília: Quer saber? Tenho mais o que fazer. — comentou com um sorriso venenoso em sua face. A mão havia aberto a pokebola de Combee e retornado-o segundos antes do impacto; algo proposital para que Subaru não tivesse o tempo de reflexo para fazer o mesmo com seu pokémon. — Fufufu! — estava literalmente fingindo desinteresse em batalhar apenas para deixar que o Piplup se ferisse sozinho.


Caindo como um meteoro em sua queda livre e perto do chão, Pollux sentia toda a intensidade do ar sendo quebrado pela passagem do seu bico e a força da qual atingiria o chão. Em um piscar de olhos, tanto Subaru quanto Pollux apenas veriam o impacto final que com toda certeza traria ferimentos ao pinguim. E neste mesmo piscar de olhos que duas patas seguraram firmemente o corpo de Pollux a centímetros do solo e começou a leva-lo para cima. Eram patas azuladas que fizeram extrema força para conseguir segura-lo e frear antes do impacto; o barulho da asas nas costas do pokémon o fazia voar enquanto suspendia o pinguim com segurança em seus braços.


Um dos besouros havia sido rápido o bastante para voar até o pinguim antes do impacto e agarra-lo, levantando voo novamente. Era o Heracross macho que estava com Vitória, o qual permaneceu próximo da barraca de Subaru sem saber o que fazer. Até então havia ficado parado assistindo mas acabou intervindo para salvar o menor. Assim que o salvou, sorriu com suas bochechas coradas para o mesmo enquanto comentava "Ia ser uma queda feia!", tentando conversar com este.
A fêmea que seguia Leona -principalmente por conta de Ace- acabou assistindo o resgate que o macho havia feito. "Rápido, ágil e forte... e principalmente gentil.", pensou a fêmea impressionada. Estava simplesmente observando admirada o ato heroico do outro de sua espécie.


A batalha entre Combee e Piplup se encerrou assim como várias outras graças ao discurso de Leona. Aos poucos alguns pokémons eram retornados e parte da multidão, a qual havia percebido o quão imaturos estavam agindo por conta de um pokémon raro, começou a tentar corrigir os atos que fizeram. Seja voltar até as barracas derrubadas e ajudar a levanta-la enquanto desculpavam-se pelos atos inconsequentes. Ao menos parte da confusão estava resolvida e o conflito estava relativamente menor. Não afetaria mais a área comercial para que as vendas pudessem seguir normalmente, por mais que a maioria dos vendedores aproveitou para encerrar o comércio.

O restante da multidão que ainda se importava em seguir o Larvesta pôde finalmente ir em frente até o lago do qual outros 3 treinadores já estavam. A multidão se aproximava, novamente como tauros furiosos; a diferença é que desta vez estavam em um campo aberto e seria menos destrutivo como anteriormente. Leona, não muito diferente, também seguia até o Larvesta ao procurar o odor de Vitória.


Narração
para Vitória, Leona Reinhardt, Marine Hosoki e Hyosuke Mushitagi


A tensão no ar se tornou bastante notável entre os olhares trocados pela treinadora Vitória e o coordenador Hyosuke, os quais quase intimidavam uns aos outros para o início de um combate; o que, ironicamente, ambos não desejavam que ocorresse. A única que não partilhava do desejo da captura do inseto tentou intervir junto de seu Pichu. Era uma situação incomum e inesperada estarem 3 treinadores cercando um pokémon raro, além de estarem cientes que em segundos outros treinadores da multidão os alcançariam.

O inseto em si continuava com sua feição descontente pelo considerável número reduzido de pessoas o seguindo quando comparado com anteriormente. Ainda que frustrado, não teve sua guarda abaixada; a pokebola arremessada contra si era fácil de se prever e desviar. O inseto não teve trabalho e saltar agilmente para o lado e ver o objeto atingir o chão inutilmente. Hyosuke pôde ter a certeza que sem enfraquecer este pokémon não conseguiria captura-lo.


Larvesta: ? — exclamou surpresa com a nova aproximação de Pichu. A anterior havia sido ignorada e, novamente, a ratinha estava tentando se comunicar.


O encarou com um olhar severo; quase que irritado por toda aquela preocupação que o Pichu apresentava para consigo. Estava insatisfeito e não demorou segundo sequer para responder que "Vocês estão atrapalhando o plano! Eu quero todos eles aqui!". Sua resposta final fazia uma clara menção à multidão, que inclusive se tornava visível. Sorrindo maliciosamente, exclamou "Agora sim!".

Finalmente estava com toda a multidão novamente agrupada. Os treinadores, incluindo Leona, conseguiam ver com perfeição a larva de fogo junto dos outros 3 treinadores que o encontraram anteriormente. Imediatamente começaram a tentar lançar as pokebolas ou movimentos para enfraquece-la; um pequeno fogo cruzado se iniciava e, definitivamente, Larvesta desejava isso pelo o que foi dito. O pokémon estava literalmente adorando ser o centro das atenções de grande parte dos treinadores no evento de migração.

Em meio a sua frustração ao menos recebeu um afago em suas penas meladas por parte de Leona, movendo seu corpo para que as carícias o atingissem na região abaixo da cabeça. Piou baixo agradecido pela tentativa da treinadora de animar seu astral; algo que em pouco tempo já ignorou e voltou ao seu normal. Ainda estava me procurando pelo ambiente quando subitamente a gata se aproximou. Por ordem ou não da treinadora, Ace não ficou satisfeito e até mesmo preparou seu bico para bica-la.

Se sentiu quase que abusado com aquela gata desagradável enfiando o nariz próximo de seu corpo para cheira-lo. O pior é que ela estava gostando pelo aroma do mel e isso tornou a situação ainda mais incomoda para Ace, o qual piou um "Para de me cheirar!" antes dela se afastar. O lado positivo é que começaram a procurar por mim a partir do odor captado. E quando alcançaram o Larvesta, imediatamente saltou do ombro de Leona para correr até mim, piando alegremente.


Já eu, naquele clima de tensão, não sabia o que deveria fazer. Eu deveria estar animada para competir e adoraria que houvesse regras a serem seguidas; talvez quem vencer o adversário capturaria primeiro. Mas em uma situação como aquela estávamos livres e o que importava era quem agiria primeiro. E, tristemente, eu era daquelas que tratava inerte nos meus pensamentos -igual agora- apenas assistindo os outros agirem. O ruivo tentou lançar uma pokebola presunçosamente e em seguida a Pichu da treinadora que eu reconhecia, junto da mesma, tentaram se comunicar para auxiliar a larva. E os dois estavam certos em suas ações. Cada um de sua forma tentava lidar com o problema e ao menos faziam algo.

E eu ali... parada. Só observando e pensando infinitas possibilidades sem tomar uma ação.

O som da multidão aumentava com a proximidade de todos e o conhecimento de que um novo Battle Royale se iniciaria novamente surgiu; se eu preciso agir, tem de ser agora! Alguém precisa pegar o Larvesta antes que o conflito se inicie novamente. Mas... como? Nami já tentou anteriormente e não acho que ela consiga algo agora... não tem poder e velocidade para enfraquecer esse forte Larvesta para que eu lance uma pokebola. Eu precisaria do-


— Toooorchi!!!! — isso é um piado familiar! Longínquo mas também batendo às portas de esperança... ACE CHEGOU!!

— AAAACE! — imediatamente me virei para notar que, junto da multidão se aproximando, um pintinho corria com toda a sua velocidade para chegar primeiro em minha direção. Já havia o deixado sozinho por duas horas na floresta e exatamente no momento que preciso ele retorna! E... acho que sei como capturar o Larvesta!! — Nami, recue um pouco. Ace irá assumir! — a troca de pokémons não foi contestada. A ratinha simplesmente recuou quicando em sua cauda, deixando que o pintinho assumisse a posição de batalha. — Corra até confundi-lo e freie no último instante para lançar o Sand Attack!


Veloz, sua movimentação permitia acelerar sua velocidade a cada instante para começar sua investida. Estava buscando simplesmente correr em torno do Larvesta para manter um certo controle da situação até que, freando subitamente para levantar terra diretamente na face da larva. O objetivo era conseguir sujar a vista do Larvesta para que não identificasse de onde estaria vindo a pokebola; o garoto ruivo errou neste sentido, mas eu não errarei! Já com a pokebola em mãos enquanto assistiria Ace, lançaria-a assim que o Sand Attack atingisse a face da larva.


— Hora de encerrar essa competição!! Pokebola, vai!! — não sei explicar mas simplesmente era um súbito de energia que me tomava enquanto estava em batalha, principalmente com Ace. Ele me contagiava tanto assim ou talvez fôssemos tão competitivos que nos entendíamos em batalha?

Corri para o local para chegar primeiro que a multidão, seria desastroso caso eles chegassem e eu não tivesse a chance nem de ver o famoso pokémon inseto que eles estão perseguindo. Agora que o local é um pouco mais aberto e parecia não ter mais pokémons por perto, não via problemas em uma competição que não vandalizasse nada. Estava até mesmo animada para tentar.

— Vitória! Eu trouxe seu torchic, achei ele enfiado em uma arvore coberto de mel. — Falei para a garota sem muito contexto, respirando fundo para recuperar o folego. Felizmente estava em boa forma então não havia me cansado muito. — Onde está o tal pokémon?

Meus olhos brilharam ao ver aquela imagem pequena com pelagem branca. A forma me era familiar, me lembrava de ter visitado um centro arqueológico de Unova com minha mãe, e ouvido histórias de um pokémon inseto raro que era quase como um raio de sol que caiu na terra e morava próximo a vulcões.

— Wooow! Ele é lindo! — Tirei meu poképhone do bolso para tirar rapidamente uma foto de recordação do larvesta, somente vê-lo era um grande prazer. Estava divagando quando Vitória mandou seu pokémon atacar.

Carmelita se levantou na mochila, olhos brilhando de curiosidade. Ela olhou para o inseto com um grande interesse, aos olhos dela, era um oponente digno. Se ele fugiu de uma multidão por tanto tempo, daria a ela um desafio a se orgulhar.

A gata saltou agilmente da mochila em direção da pokébola lançava por Vitória, batendo a pata nela em pleno ar, a arremessando em outra direção, já era o pokémon de um treinador, então a bola não faria nenhum efeito nela. Para a litten aquele evento estava começando a ficar interessante.

— C-carmelita! O que... — A gata me interrompeu com um olhar feroz, ela iria entrar naquela batalha. — Certo! Aqui não há nenhuma barraca para ser destruída, vamos batalhar também!

Olhei em volta e vi que estava na desvantagem por ter apenas um pokémon para lutar, mas não tinha perdido as esperanças. Peguei uma pokébola em minha mochila, observando a situação. Uma outra treinadora lançou um shinx contra o larvesta, mas da maneira que estava, poderia acabar atingindo o torchic, o que daria uma brecha para Carmelita.

— Okay Carmelita! Use o Lick, temos uma chance de paralisa-lo, espere a brecha do Torhic e do Shinx, vamos lá! — Falei para a pokémon, que acenou com a cabeça e avançou atrás do Shinx em velocidade reduzida, quando esse atacasse e acertasse ou o larvesta ou o torchic, a gata iria para cima também, mesmo com a chance de paralisia do lick ser pequena, ainda teríamos uma chance.

Segurei a pokébola com certa hesitação e esperaria a oportunidade de Carmelita atacar antes de finalmente lançar a bola.

Aquela Pokébola que havia lançado realmente não havia dado certo. Hyosuke havia considerado que já que o Larvesta estava fugindo de uma multidão de 30 pessoas a algum tempo, desviando de diversos ataques e Pokébolas, ele estaria minimamente cansado no momento. Realmente, aquele Larvesta tinha mais energia do que aparentava!

Além de que era visível que a multidão estava se aproximando e, quando ela realmente chegasse, já era. Mas os olhos de Hyosuke haviam o enganado. Aparentmente, demoraria para aquela multidão chegar. Havia uma janela de tempo maior para que ele tentasse.

Mesmo assim, outros treinadores já chegavam e davam suas tentativas em capturar o Pokémon. Ataques vindos das treinadoras que estavam do seu lado eram lançados, e parecia que estes iriam realmente enfraquecer o Larvesta. Hyosuke tinha que considerar suas opções... melhor do que gastar seu tempo atacando para depois lançar a Pokébola, por que ele não espera que os outros enfraqueçam o Larvesta e ele dê sua tentativa?

Seria uma tática pouco ortodoxa... mas aquela era uma situação, também, pouco ortodoxa.

Assim, Pokébola em mão, Hyosuke ficou em posição observando os movimentos de Larvesta. No surgimento da melhor oportunidade, Hyosuke atira sua Pokébola, esperando que desta vez ele obtenha progresso.

Narração
para Hoshino Subaru



Assistir a cena do treinador abraçando seu Piplup aqueceu o coração de Heracross, assistindo com um sorriso bobo; sequer gabava-se de ter sido o real salvador. Estava genuinamente feliz por ter evitado um cenário depreciativo com a queda do pinguim. Poderia dizer que não estava preparado para quando também foi subitamente abraçado. Sem reação, permaneceu parado com cautela até que foi solto. Estava rígido e nervoso, o que tornou a situação um pouco desconfortável com o recuo de Pollux. Ainda assim o menor se esforçou em agradecer estendendo uma de suas asas.

E o Heracross travou ainda mais. Não por conta do pinguim, mas sim de quem o encarava de longe. O olhar de sua versão feminina estava fixado unicamente em si, sorrindo delicadamente; ela estava o notando depois do resgate que fez? Seja o que for, foi o suficiente para que um sorriso abobado surgisse nos lábios do macho. Suas patinhas tocavam umas nas outras repetidas vezes até que, de tanto ficar parado sem tomar nenhum ação, a fêmea deixou de encara-lo. Cansada, se moveu para a direção da multidão em um suspiro, desanimada com a lentidão das ações do macho. Tentaria voltar até o encontro de seu novo filho que havia sido levado pela treinadora morena. Exatamente neste instante Subaru notou que os olhos do macho lacrimejaram antes de jorrar lágrimas -que se assemelhavam a cachoeiras- por mais uma vez falhar no seu objetivo.

O restante do ambiente da área de vendas lentamente retornava ao padrão antes da confusão se iniciar. As barracas que haviam sido derrubadas eram levantadas e pequeno pedaços quebrados, reconstituídos. O dano não havia sido avassalador o suficiente para estragar o evento. A única mudança eram as mercadorias sendo recolhidas pelos vendedores, indicando que não teria mais vendas com tudo o que ocorreu. Cecília, assim como os demais, guardava os potes de mel.
O silêncio era estranho. Até então comerciantes gritavam anunciando seus produtos e tentando atrair a grande quantidade de treinadores, os quais acabaram causando um caos por conta de um Larvesta. Estava um clima estranho de decepção no ambiente.

Foi quando uma grande roda preta surgiu pelo caminho entre as barracas, desviando com perfeição dos obstáculos para atravessar rapidamente a área comercial em uma rápida checagem. Semelhante a um pneu de um caminhão, a roda se movia com perfeito equilíbrio e cessou seu rolamento entre as últimas barracas montadas, sendo essas entre a de Cecília e Subaru. A "roda" se transformou em seu formato original ao estender uma tromba em sua frente. As presas brancas de tornaram visíveis e patas que estavam dobradas se abriram. O imponente elefante havia verificado o perímetro aonde a confusão se iniciara em segundos.


Os comerciantes e treinadores que desistiram de perseguir a larva admiravam o pokémon, logo em seguida para admirarem a dupla caminhando naquela área. O caminho aberto anteriormente pelo Donphan servia para abrir um espaço à "staff" do evento, noticiada da confusão de minutos atrás. Um dos homens estava apressado, observando com atenção os pequenos danos com seriedade no olhar; possuía cabelos castanhos ondulados e uma destacável jaqueta de mecânico, sendo o suficiente para alguns poucos o reconhecerem. Já o outro era, sem dúvidas, impossível de não ser reconhecido. Com cabelos loiros espetados para trás, o homem alto e de pele clara vestia um casaco de penas de Spritzee invejável para anunciar sua chegada; uma roupa chamativa junto de óculos de sol pontudos escondendo o olhar, deixando apenas um sorriso escapar de suas expressões. Definitivamente definia-se como algo alegórico tamanha atenção que atraía.


Vincent: Quando imaginava o espetáculo deste evento não diria que ocorreria antes das 21 horas — seu comentário sarcástico mostrava o quão descontraído estava com a situação que o informação. Caminhando com calma, acenava para cada pessoa que o olhava com admiração.


Reiji: O importante é que parece estar controlada. — permaneceu sério mesmo com o comentário sossegado do outro. Alcançando seu característico pokémon, cessou seus passos para visualizar os demais comerciantes -o que incluía Cecília e Subaru. — Peço desculpas pela demora em reagir com o ocorrido. Alguém está precisando de ajuda para com a barraca ou os produtos? Estou aqui para resolver qualquer ocorrência. — precisou elevar a voz para alcançar aos ouvidos de grande parte das pessoas que restaram na área comercial.

Sua respiração ja estava ofegante, não parava de andar e correr desde que se levantou, alcançando a moça que conseguira parar a metade dos treinadores, nao conseguiu escuta-la direito porem viu sua indicação do caminho.
Com apenas um movimento positivo com a cabeça, começou a seguir o caminho evitando a multidao.

Nao sabia com certeza se estava indo ao lugar certo, ja estava escuro demais pra conseguir definir quaisquer referencias visuais, além do mais as arvores se pareciam muito.

Eventualmente, os dois param e sentam se apoiando desesperadamente numa arvore, tentando conseguir um pouco de ar. Percebendo sua visão um pouco turva, nao comia nada ha um tempo então Ayn se sentia um pouco fraca mesmo com a adrenalina em suas veias.

Por algum motivo acho que estamos indo pro lado errado — Sentando contra uma arvore robusta com uma respiração ofegante, Ayn pega um pouco do que sobrou de comida de sua mochila, compartilhando um pouco com o cubone que nao demonstra enteresse além de ficar fuçando um arbusto e curiando barulhos distantes — Voce bem que podia me carregar por ai as vezes em..  

Narração
para Vitória, Leona Reinhardt, Marine Hosoki e Hyosuke Mushitagi


Em posição de batalha, a batalha se iniciava aos gritos de uma multidão com 15 pessoas ao fundo tentando alcançar o Larvesta antes que fosse tarde demais. E, na realidade, era; um dos 4 treinadores cercando o inseto estavam dispostos a finalizar a captura naquele instante. Com um sorriso travesso no rosto, Larvesta dizia: Eu aceito o desafio!


O primeiro e mais veloz a tomar à frente do combate foi o pokémon pintinho de Vitória, correndo com rapidez até o inseto. Sua mobilidade o fez contornar a larva e continuar confundindo-a até o momento que atacaria verdadeiramente; e nesse intervalo de tempo foi quando os dois felinos também entraram na ação. O felino elétrico comandado por Marine avançou com uma investida em disparada, enquanto que a felina de fogo saltou pela pokébola lançada por Vitória, resultando na mesma sendo inefetiva -afinal, Carmelita já era um pokémon capturado- e desviando seu curso até o chão.

A larva, parada, analisou com um rápido olhar cada um dos movimento que estava vindo até si. Não conseguia acompanhar a velocidade de Ace mas preparou-se para desviar do golpe. Graças à chegada de Shinx, Larvesta saltou para trás com boa agilidade. O pintinho freou no mesmo instante que foi atingido pela investida do felino elétrico, rolando os dois pela grama; a terra levantada do Sand Attack pairou no ar antes de chegar aos olhos de Carmelita, a qual seguia por trás de Shinx. Imediatamente seus olhos arderam, fechando-os imediatamente e errando seu golpe. Haviam os 3 pokémons, literalmente, atrapalhado uns aos outros; não importava quem havia ido primeiro ou por último, já que no fim trombavam entre si no objetivo final.

A risada provocativa do Larvesta mostrava o quão convencido se sentia ao humilhar aqueles 3 pokémons com tanta perfeição. No entanto, distraído com todos os desvios, não teve tempo suficiente para reparar que duas pokebolas eram lançadas em sua direção. A de Vitória havia sido rebatida por Carmelita, mas a de Leona e de Hyosuke ainda estavam em jogo.

Os gritos da multidão -alguns por conta do choque recebido por Pichu- enalteciam ainda mais os segundos finais. Os olhos azuis marcantes da larva se arregalaram nos segundos finais. Tanto Leona quanto Hyosuke estavam hesitantes; a morena lançou a sua assim que Carmelita atacou, sendo o golpe com sucesso ou não, enquanto que o ruivo só lançariam a pokebola "no surgimento da melhor oportunidade". Entre as duas alternativas aquela que alcançou primeiro seu alvo foi...


A esfera se abriu ao fazer contato com um dos chifres avermelhados na pelugem branca do cansado Larvesta. Os fôlegos se perdiam ao assistirem a cena. E, por fim, a pokebola caiu no chão; porém inútil. Exatamente como a pokebola que tocou Carmelita, nada acontecia quando tocava um pokémon já capturado. O choque entre toda a multidão, alguns literalmente, os deixavam inertes e boquiabertos. "Ele já possuía um dono este tempo todo?!", questionavam-se.
A larva, com seu sorriso travesso que não parecia combinar consigo, saltou alguns passos para trás até alcançar um treinador que simplesmente estava aguardando próximo ao lago; ele apenas estava assistindo o tempo inteiro.

De pele morena e cabelos negros, os olhos em tons de vinho do treinador encaravam as feições de cada pessoa com extrema felicidade. Ao alcançar seu ombro, a larva começou a brilhar e mudar sua forma; não uma evolução como muitos já viram. A pelugem branca se tornava negra com pontas avermelhadas. Os chifres desapareciam e davam lugar a orelhas pontudas. O sorriso travesso parecia se encaixar com perfeição na face daquela raposinha.


???: Eu deveria ter um espelho agora para que vissem as caras de vocês! A melhor pegadinha de todas Zorua! — enquanto falava apenas conseguiam prestar atenção em uma coisa: com seu celular em mãos, gravava cada segundo daquela cena. Em destaque estava principalmente os 4 treinadores: Vitória, Leona, Marine e Hyosuke. — Não se preocupem, vou garantir que virem um meme viral na internet. — antes de terminar acabou por virar a câmera para si mesmo, sorrindo com empolgação. — Essa foi a trollagem do evento de migração galerinha! Não esqueçam de curtir e compartilhar!


Focado em seu vídeo, enviava-o assim que terminou as imagens filmando o acontecimento. Muitos ainda estavam sem qualquer reação para processar tudo o que ocorreu; um Illusion perfeito de um Zorua, que não contra-atacava para não deixar óbvio o disfarce, apenas desviando desde o princípio. Alguns poucos começavam a rir incrédulos por tudo o que passaram em uma pegadinha, enquanto outros já ferviam de ódio ao serem feitos de trouxas.

A batalha estava intensa, era a primeira vez que entrava em batalha com mais de um treinador, para tentar capturar meu primeiro pokémon desde que sai em jornada. Seria uma história incrível, contar que enfrentei uma multidão e capturei um pokémon raro.

Carmelita atacava com vontade, estava disposta a ganhar de todos os oponentes, não importava o prêmio no final, ela só conseguia enxergar uma boa luta.

No fim, o pokémon desviou dos ataques de todos, mas já tinha atirado minha pokébola naquele momento. Carmelita levou a areia nos olhos e soltou um miado de agonia, parando para passar a pata desesperadamente em seu rosto, com o pelo todo em pé de irritação.

Um brilho de comemoração surgiu em meus olhos quando vi minha pokébola atingir o pokémon. Esperei para ver o raio vermelho sair e suga-lo para dentro da bola, mas nada aconteceu.

Confusão era pouco para descrever minha face, se ele não tinha nem sigo colocado dentro da pokébola, significava que já tinha um treinador. A frustração começou a tomar conta do meu rosto quando vi o larvesta se transformar em um outro pokémon, uma raposinha cinza e vermelha, acho que o nome é Zorua.

Carmelita terminou de tirar a areia dos olhos e os abriu, vendo a cena ainda um pouco embaçada. Demorou um tempo para processar, mas logo ela abriu um sorriso e caiu na risada, se divertindo na situação que ela mesma caiu.

Eu por outro lado, tinha pensado o contrário. Toda a baderna e barracas destruídas foi causada pela brincadeira de um treinador irresponsável. Não importava se eu fosse virar meme na internet, aquele cara ia se ver comigo.

— Teria sido muito engraçado, SE NÃO TIVESSE CAUSADO A DESTRUIÇÃO DE BARRACAS E COLOCADO TODA A MIGRAÇÃO EM RISCO. Segura a minha mochila. — Tirei a grande mochila das minhas costas e a coloquei ao lado de Vitória, avançando com passos firmes para cima do treinador e o pegando fortemente pela camisa, praticamente o levantando até a altura do meu rosto. — Você pode ser preso por vandalismo, me dê um bom motivo para eu não te arrastar até as autoridades. Você acha isso engraçado?! Tenho certeza que os seus seguidores vão adorar ver você ser preso em vídeo. E VOCÊS AI TAMBÉM, FIZERAM A MAIOR BADERNA POR CAUSA DE UM POKÉMON FALSO!

Enquanto eu ralhava com o treinador e os outros na multidão, com uma vontade imensa de soca-lo ali mesmo, Carmelita se aproximou do Zorua, ainda com um incomodo nos olhos mas já conseguindo se recuperar. A gata ainda sorria, se divertindo com a pegadinha que deixou tantos treinadores, inclusive a sua, irritados. "NYahahah essa foi de matar! Muito boa suas habilidades com ilusão, eu nem suspeitava." a gata parecia animada por conhecer um pokémon travesso, que sabia se divertir incomodando os outros.