Evento 01 - Temporada de Migração

Narração
para Ellie Green, Leona Reinhardt e Hoshino Subaru


Curioso, os pequenos olhos negros da criatura piscaram sucessivamente perante o abraço que Ellie concedeu à Leona em um intuito de passar confiança. A cabeça de Sewaddle pendeu para o lado em certas dúvidas de como interpretaria aquele sinal de Ellie. Ao fim o marshmallow permaneceu nas mãos da novata, sem o menor sucesso em conseguir expressar seu carisma para o pokémon larval.

Mais uma vez houve uma tentativa nova de Ellie ao se comunicar com Sewaddle, lançando-lhe uma pergunta da qual não obteve uma resposta. A larva movimentou seu olhar para o Trapinch até então quieto e se arrastou até se aproximar, rodando em torno deste até subir em cima de suas costas. Por ser extremamente leve não apresentava peso algum para Drake, mas era uma situação incomum esta. E finalmente, montado no Trapinch, exclamou um grunhido de guerra.


Sewaddle: Sewadd Sewa! — o entendimento ficaria apenas para Trapinch, o qual poderia até mesmo não entender o que isso significava.


A dupla de pokémons de fogo adentrou ainda mais na floresta, abandonando por completo o caminho que seguiam com as treinadoras e se distanciando ao ponto de sequer poder ouvi-las ao longe. As duas pokémons somente seguiam os inesperados sons para sanar suas curiosidades. Os arbustos fechados não apresentavam dificuldade alguma para a sorrateira Litten, entretanto a Ponyta ganhava rasgos sem sua belíssima fantasia ao acidentalmente passar por galhos pontudos.

Ao espreitarem por um último arbusto, como próprias predadoras, podiam visualizar uma contagem de 3 pokémons larvas de mesma espécie em uma roda. Possuíam em seus corpos o tom branco enquanto que as faces era de tons marrons. O mais característico e inclusive o que usavam em sua brincadeira seria suas duas grandes mandíbulas como pinças entre suas bocas.


As três criaturas estavam em um tipo de brincadeira com uma pecinha de metal. Um deles detinha da peça e arremessava para o mais longe enquanto que o do meio tentava interceptar com sua mandíbula.

Ele...me ignorou? seguia o pokémon insecto com a cabeça e com os olhos, curiosa e intrigada por ele ter simplesmente ignorado a Leona, ter parado de fixar os olhos em mim. De imediato ele foi ter com o Drake, ele estava bem curioso sobre o insecto que tinha na sua frente, mas parecia tímido falando perto dele, afinal, era um pokémon desconhecido.

O sewaddle foi rastejando com uma velocidade adequada para um tipo insecto e logo em seguida começou a subir no meu pokémon. Drake se encolheu, estremamente confuso e me olhando com os seus pequenos olhinhos. Parecia desconfortável ao inicio. Eu fiquei ainda mais confusa, era um pokémon da minha região, mas eu não sabia o comportamento dele, que era, no minimo, curioso.

- O-o que ele está fazendo? - Perguntei para a Leona, ela podia saber alguma coisa, é mais velha que eu afinal.

- Sewadd Sewa! -Ele fez seu grito de guerra e parecia super determinado. Logo em seguida uma resposta pode ser ouvida da parte do trapinch.

- T-trap? - Ele perguntou ao sewaddle parecendo confuso, logo em seguida grunhindo - Trap...trapinch.

Lentamente o pokémon formiga começou a se mover, cauteloso, como se ele ainda não tivesse decidido se iria fazer aquilo ou não. Logo em seguida ele começou a andar para a frente, me fitando com os olhos por um momento. E no final, eu acabei não entendendo nem mesmo meu próprio pokémon. Só sei ele ele devagar começou a andar na frente.

Decidi seguir ele. Ele se sentia um pouco mais confiante aos poucos enquanto andava.

Meus olhos só podiam estar me enganando... NÃO É POSSÍVEL QUE TENHA UM CAMPO DE FLORES LINDO DESSES NAS PROFUNDEZAS DESSA FLORESTA FECHADA!! Eu não sei pra onde olhar!


— Uau... — eu já me sentia tonta de tanto desviar o trajeto de meus olhos para todas as direções possíveis. Haviam flores das mais belas até as mais simples, o que também era belo, distribuídas ao longo de todo o jardim natural. O aroma juntava-se com a vida que exalava e era tudo tão... lindo! Eu deveria trazer algum fotógrafo por este caminho! Mas isso seria trair a confiança do Heracross que me trouxe... e não é como se eu soubesse sair daqui e ainda conseguir voltar depois. — É tão lindo...


Em meus braços Nami concordou comigo; em seus olhos eu notava a mesma adoração com a magnificência do ambiente. Já Ace... é, ele estava correndo por entre as flores então eu diria que também gostou. A questão é que ele prefere conhecer tudo metendo o bico e não usando dos outros sentidos normais.

Permaneci encantada com as flores e os pequenos insetos voando pelo campo que somente retornei a mim quando notei um outro Heracross; a não, só falta me falar que está enfiado com o chifre no chão.
Soltei até um suspiro aliviada quando este não era o caso. Era somente um outro da espécie, com um chifre em formato de coração. Puxei rapidamente a pokedex para ter conhecimento se esta era uma ocorrência rara e foi concluído que se tratava apenas do sexo feminino da espécie.


— Oh, é sua amiga Heracross? — sorri ao notar os constantes olhares que lançava para a fêmea; deviam ser melhores amigos! Estava tudo indo bem até uma longa e incompreensível mímica ser feita. — O...k....
— Você quer arrancar a árvore para dar de presente pra ela em símbolo de amizade....? — eu juro que estou tentando!


Enquanto eu e Nami nos maravilhávamos com a clareira e depois focávamos em entender o Heracross, Ace desbravava o jardim correndo alegremente enquanto piava. No processo acabava acidentalmente pegando algumas flores em seu bico, segurando-as para sentir melhor o aroma. Sua jornada correndo cessou quando estava frente a frente com a Heracross fêmea, tendo pegado diversas flores no bico e apontando para esta curiosa; acabava que seu gesto era como se estivesse estregando flores para o besouro que estava recolhendo algumas.

Chegando de volta ao meu acampamento, sentindo-me mal por ter deixado os meus dois novos amigos tão rápido, chamei meu primeiro amigo, meu Chespin.

- Ola Chespin! Trouxe algo para você e o pessoal!

Ele parecia meio sonolento, possivelmente ficou pulando no colchão inflável até cansar.

- Parece cansadinho, não é?

- Ches chespin... - Disse ele logo em seguida caindo no meu colo.

O acariciei sorrindo enquanto pegava as pokébolas. Tirei da pokébola Tentacool, Houndour e Shinx. Tirei algumas tigelas ultra portáteis de silicone e coloquei leite moomoo que ocmprei de Subaru para todos.

- Prontinho pessoal! Aproveitem!

Foi uma festa, menos para Tentacool. Ele parecia não ser fã de leite, então dei o leite para os outros e coloquei água. Bom, a reação foi outra. Ele sentia muita falta de água... pobrezinho.
O acariciei a cabeça bulbosa enquanto via o quão feliz estava.

- Certo pessoal o evento está bem movimentado, acredito que logo logo vamos acabar vendo uma revoada de Butterfree.

Me coloquei para fora da barraca e fiquei sentado de pernas cruzadas olhando a imensidão do lago e o lindo céu através das lentes da minha câmera.

Fico olhando a cena adorável do Sewaddle montando no Trapinch como se fosse um cavalo. O pokémon larva ignorou minha tentativa de alimenta-lo, então simplesmente comi o marshmallow e me levantei, colocando as mãos na cintura e olhando em volta.

Carmelita e Windie haviam sumido no meio da floresta, e não ia ser legal se a Litten colocasse a Ponyta em encrenca com algum pokémon selvagem.

— Ellie, fica aqui e captura esse Sewaddle, eu vou ir procurar a Carmelita e a Windie, o Subaru me mata se algo acontecer com a Ponyta dele por culpa da Carmelita. — Dei alguns tapinhas no ombro dela e segui para dentro da floresta. Ela estaria ocupada cuidando do seu pokémon, e eu não queria atrapalhar, ja que o Sewaddle claramente não confiava em mim.

Andei alguns metros e parei, confusa sobre onde deveria ir até notar as marcas de cascos e os pedaços de tecido rasgado em alguns galhos. Junto todas as pistas e sigo na direção que deduzo que as duas foram.

Carmelita parou ao ver os insetos, sorrindo. Mesmo que fossem três, eles eram pequenos e indefesos na visão dela. Mil e uma brincadeiras passavam por sua cabeça para assusta-los. Abaixou-se na vegetação e ficou atenta como uma caçadora esperando para atacar. Virou-se para Windie e miou para ela "Acha que esses fracotes vão chorar se nós pegarmos o brinquedo deles?", e sorrateiramente começou a se esgueirar para chegar mais perto.

Narração
para Benjamin Poss

Apenas a saída de Benjamin de dentro de sua barraca havia sido o suficiente para seus olhos serem inundados com a vida que o ambiente estava. O jovem criador havia passado longos minutos em sua barraca resultando assim nessa surpresa assim que saísse. Havia larvas caminhando pelos campos verdes junto de treinadores as acompanhando; repórteres não perdiam um momento sequer de evolução e mesmo as barraquinhas de venda haviam triplicado para atender a demanda de tantas vendas. Sem dúvida havia iniciado o festival da migração e Benjamin poderia finalmente desfrutar por completo do evento.

Sua primeira decisão ao seguir próximo ao lago resultou na visualização do sol quase alaranjado do entardecer iluminando diferentes pontos da água. O lago deveria estar sem grandes movimentos no momento mas havia um único pokémon divertindo-se neste. Patinando pelas águas com perfeitas habilidades de andar sobre esta, o pequeno inseto de tons azulados dançava como um excelente bailarino ao realizar uma performance para a plateia. Ninguém o assistia na realidade, mas ele continuava com seu balé.
E agora ao menos havia um pequeno público composto por Benjamin e seus pokémons.


Elegantemente o Surskit realizava piruetas com seus olhinhos fechados, espalhando gotículas de água ao encostar as pontas de suas patas e flutuar sobre o lago.

Narração
para Hoshino Subaru e Marine Hosoki


A Audino acenou positivamente perante a ideia de Marine de recomeçarem a barraca por completo, sendo apoiada também por Jessica. Desmontaram o pouco que estava montado para que Marine pudesse seguir passo a passo com atenção, sempre verificando o manual para comparar as peças e monta-las corretamente. Assim que iniciaram, no entanto, tiveram uma voz chamando a enfermeira para uma aparente emergência; no mesmo instante já era possível notar Jessica se mostrando ansiosa.

As palavras afobadas refletiam com tanta maestria a aflição do treinador que Jessica sem mesmo vê-lo sentia-se da mesma forma. A rosada deixou que Marine terminasse de montar a barraca e se virou para encarar o treinador. E, neste instante, sua feição engraçada foi acompanhado de um silêncio constrangedor.


Jessica: ... butter..free? — balbuciou confusa enquanto olhava Subaru de cima à baixo.


Para um vendedor de leite chamativo estava até comum vê-lo vestido daquela forma no meio das barracas de venda. No entanto ao se afastar da "área comercial" do festival acabava atraindo olhares desentendidos. Talvez seja um maníaco por insetos, pensou a enfermeira.


Jessica: Ah, sinais de envenenamento fortes! — um estalo surgiu em sua cabeça quando viu os sintomas apresentados pelo Piplup nas mãos de seu treinador. Ignorou a fantasia para se focar exclusivamente na pequena criatura enfraquecida. — Não se trata de um comum que manifesta dores periodicamente e constantes... essa que ele está se intensifica a cada segundo. — toda a postura levemente inocente se desfez perante a situação que lidava como enfermeira, tomando uma seriedade profissional notada até em seu tom de voz. — Segure ele com firmeza que irei improvisar um remédio de Pecha Berries. Você pode aproveitar esse tempo para me contar como isso ocorreu para caso tenha algum dano interno que eu precise saber.


Sem brincar em serviço a rosada tomou controle da situação. Abriu uma grande bolsa com diversas frutas dentro e começou a amassa-las; aparentemente não havia levado remédios industriais para tal evento, então teria de fazer algo improvisado. Audino ainda mantinha sua atenção em Marine para que conseguissem montar a barraca.

Enquanto isso o treinador de Zorua assistia a cena de longe com os braços cruzados. Seu Zorua deleitava-se com o terror demonstrado pelo Munchlax, esboçando um sorriso ainda mais entretido ao ter causado tamanho susto. Quando o Metronome foi feito acabava sendo esperado pela raposa que algo acontecesse entretanto não foi o caso. Frente a frente com seu "oponente", Munchlax havia utilizado de um Reflect Type e se tornado do tipo noturno temporariamente.
O fato do pokémon gordinho ter utilizado a técnica para se defender e não ter surtido efeito nenhum foi ainda mais divertido para a raposa, que caçoava sem fim da face de Munchlax com suas risadas. Havia rido tanto que seu próprio treinador os olhou por curiosidade.


???: O que está acontecendo? Você está sorridente demais para não ser nada. — arqueou a sobrancelha para seu próprio Zorua com desconfiança. A raposa somente continuou com seu sorriso e se afastou do Munchlax após sentir que o humilhou o bastante. — Seja o que estiver aprontando pode parar. Vamos voltar para a floresta ver insetos, já ajudamos como podíamos.