Parque de Batalhas

Em uma área afastada, porém ainda dentro da futurista Link City, há uma gigantesca área verde destinada ao Parque de Batalhas. O Parque de Batalhas é uma área de lazer para todos os treinadores que visitam a Link City, podendo apenas aproveitar da natureza deslumbrante do local ou utilizar dos diversos campos de batalha espalhados pelo parque para enfrentar outros treinadores, além de, obviamente, conhecer pessoas novas. O parque também conta com diversas arquibancadas, uma floresta, um grande lago e uma área para eventos.


Centro do Parque
Os principais campos de batalha do local estão dispostos em áreas de grama curta, semelhante a extensas pradarias. São comumente preenchidos com diversos treinadores se desafiando ou realizando treinamentos com todo o seu time. Também possui bancos e arquibancadas ao longo do caminho. Os eventos acontecem neste local, aonde podem ser colocadas barracas de comida ou palcos dependendo de qual seja a festividade comemorada.


Floresta
Saindo das áreas demarcadas para corrida ou batalha, encontra-se uma extensa floresta fechada que dá vida ao parque. Pokemons selvagens podem ser vistos mas a captura dos mesmos é proibida, sendo preservados para viverem em seu habitat. Há demarcações de campos de batalha no meio da floresta. Alguns treinadores costumam acampar nas noites quando se cansam da modernidade do Hotel Entree.


Lago
Seguindo pelas áreas demarcadas se encontra um ponto de aluguel de bicicletas, permitindo treinadores pedalarem tranquilamente pelo parque. O circuito de bicicleta é ao redor do grande e belo lago localizado ao leste do parque. O lago é preenchido por pokemons selvagens de pequeno porte, também proibidos de serem capturados. A própria área rasa do lago possui demarcações para ser usada como um campo de batalha, geralmente assistido pelos ciclistas.


Morro
Além da área do lago se encontra um pequeno morro que permite visão de todo o Parque de Batalhas. O terreno rochoso atrai alguns pokemons selvagens deste habitat e treinadores para batalhas e treinos mais rígidos. Há campos de batalhas dispostos no alto do morro e também uma pequena construção que disponibiliza equipamentos de batalhas aéreas.

Regras para as Batalhas escreveu:
> As batalhas não serão supervisionadas pela Administração, entretanto, se OPs forem vistos ou houver reclamações, o usuário será alertado e se continuar, banido do RPG permanentemente;

> Sejam justos nas batalhas. Interprete suas ações apenas, e não passe do limite, nem reclame se perder. Você não é invencível. Pode bater, mas pode ter certeza de que vai apanhar;

> Leve em conta as vantagens, desvantagens, habilidades e níveis dos Pokémons batalhando;

> Escolha 4 movimentos para o Pokémon que for utilizar para batalhar afim de não ultrapassar o limite durante o combate;

> Pokémons podem evoluir durante as batalhas, desde que algum administrador informe em uma narração, entretanto, eles não se recuperam durante a evolução;

> As regras de como será a batalha será criada pelos participantes previamente.

A sensação de ter seu corpo sendo desmaterializado de uma rota qualquer até formar-se nos teletransportes de Link City era, no mínimo, muito estranha. Sentia como se meu estômago revirasse por completo mesmo com resistência a aviões ou navios; é só estranho, não dá para explicar. Levemente tonta me encontrei de frente da entrada da cidade. O local que eu pretendia conhecer era o que falavam ser o Parque de Batalhas... ainda não sei usar com perfeição o C-Gear, o que me fez suspirar. De qualquer forma eu prefiro caminhar o resto do caminho até o local do que arriscar outro teletransporte e vomitar em público.

O passeio me permitiu observar mais dessa cidade futurística, até um pouco cyberpunk. A ideia de ter uma capital mundial era tão incrível; e o mais incrível é eu poder ter acesso à ela. Me sentia como uma garota do campo conhecendo a cidade grande pela primeira vez. Olhava cada mínimo detalhe de Link City com olhos maravilhados. Decidi compartilhar a visão com Nami, liberando-a no meu colo e passeando pela cidade com ela.

Finalmente alcancei a entrada do parque, vendo alguns teleportes -poderia ter os usado para chegar imediatamente mas até que desfrutei do passeio pela cidade. O caminho de concreto alaranjado se estendia e dividia por diversos lados a partir da entrada, convidando-me a explorar todo aquele ambiente. Ao fundo via outros treinadores ocupando campos de batalha ou só conversando entre si. Um frio na barriga surgiu; eu simplesmente não sabia como e por onde começar.
Travada pelo nervosismo, comecei a caminhar pelos caminhos demarcados enquanto dava voltas pelos campos de batalha, chegando no centro do parque. Nami grunhida tentando me tranquilizar mas era simplesmente... difícil. Chegar no meio das pessoas e tentar mostrar que sou minimamente interessante.


— Vamos só passear, tudo bem? — tentei parar seus grunhidos ao indicar o que faríamos.


Os cabelos azuis presos balançavam ao vento junto do vestido esbranquiçado como as nuvens. Um simples passeio contornando os campos e admirando o cuidado com a natureza em volta serviriam para que eu me preparasse psicologicamente antes de conversar com alguém.

Preferiu arriscar não usar o teleporte depois de comer, da ultima vez que experimentiu aquilo não foi nada bonito.

Deixou o avião pousado no aeroporto da cidade, com a permissão local, depois iria busca-lo.

Apesar de ja ter viajado muito com sua mãe em competições, era a primeira vez que via aquele ligar. Era tão grande e futurista, provavelmente cheio de maquinas e comida boa!

O mal humor acumulado foi-se embora do rosto de Leona, que carregava varios curativos em sua face. Andando mais afastada, estava sua "parceira" se é que poderia chama-la assim.

Leona encontrou-se recentenente com aquela Litten, que sua mãe ajudou a apelidar de "Carmelita" e por algum motivo a gata adorou. Ambas não sabiam lidar uma com a outra, e Leona ainda pensava que a pokémon alguma hora iria fugir e nunca mais voltar.

Suspirou e voltou a olhar pra frente e viu uma placa.

- Parque de batalhas? - Comentou, lendo em voz alta. A Litten parou junto com a treinadora, sendando-se no chão. Apesar das brigas, algo fazia ela continuar acompanhando Leona, talvez fosse tsundere demais para admitir que estava gostando da ideia de ter um treinador. - Ah é! Treinadores batalham não é mesmo?!

- Nyah. - Respondeu secamente a Litten.

- O que acha de dar uma olhada? Podemos aprender como se faz. - O sorriso na cara dela e a carranca da gatinha eram contraditórios, mas Carmelita acabou por concordar. - Quem sabe eles não vendem alguma comida local por aqui!

Seguiu a placa até chegar ao parque, onde alguns treinadores ja batalhavam. Era uma experiencia nova para Leo, que observava tudo como se tivesse acabado de abrir o corpo de um relogio exotico.

Até mesmo Carmelita olhava disfarçadamente interessada para alguns pontos, a cauda ereta mostrava que estava atenta aos detalhes.

Leona não era exatamente um ponto anonimo. Alguns treinadores eram mais jovens e até mesmo algumas crianças da pré escola. E ela era alta e musculosa, com roupar de mecânica em meio aquele local moderno.

- Com licença, você sabe me dizer como esse lugar funciona? Nós precisamos encontrar algum juiz ou alguma coisa assim para batalhar? - Perguntou ela educadamente para uma garota de cabelos azuis que passava por ali. Só conseguia pensar "nossa, que braços magrinhos, ela precisa comer mais."

O passeio continuou por longos minutos, quase que intermináveis, dos quais Nami mostrava-se cansada. Eu repetia que criaria coragem para puxar assunto com alguém e só precisava de mais tempo, algo que, sinceramente, sabia que não enganava ninguém. A ratinha resmungava e eu tentava a distrair admirando a paisagem.

Durante nosso percurso avistei uma mulher vindo, especificadamente, na minha direção; parecia que tentaria algum diálogo ou pediria informação. Naquele mesmo instante meus olhos já a observavam bem. Alta, forte e diferenciava bastante dos demais jovens treinadores. Ela tinha um ar de experiência que me intimidava por completo. Não só isso mas também possuía um Pokémon gato de pelugem preta a seguindo bastante sério.
E-Ela já deve ser completamente experiente... não fica nervosa, respira.
Como esperado ela parou em minha frente e, educadamente, pediu informação do local. Eu olhei para os lados um pouco receosa e apertei Nami em meus braços pela timidez.


— A-Ah, eu acabei de chegar t-também. Ainda estou conhecendo o parque... s-sou só uma novata... — lentamente movia os braços para cima como se escondesse parte do meu rosto na ratinha. — Mas eu vi que os treinadores apenas chegam no campo e lutam. — mesmo sendo sua primeira vez aqui ainda me parece totalmente habilidosa. Deve ser uma treinadora excepcional.

— Azur! — diferente de mim Nami grunhiu se apresentando para a morena e seu Pokémon gato, balançando as perninhas.

Leona ouviu atentamente as informações passadas pela garota, que parecia um tanto nervosa. Ela se revelou também sendo uma novata, o que a aliviou, afinal de contas não era a unica "noob" ali.

— Ah! Então você também é novata! — Falou mais alto e animada do que antes. — Pois eu também acabei de começar a jornada, não sei nem onde devo ir pra falar a verdade.

Após saber que não era a unica novata presente, até mesmo a postura de Leona ficou mais relaxada. Ouviu o grunhido vindo de um pokémon que a garota segurava. Era tão pequeno, e redondo, e fofinho. Os olhos brilharam, mas não sabia se tinha permissão para fazer carinho na criatura, então apenas acenou para ela.

— Enfim! Eu sou Leona, e essa é a minha err....Parceira, Carmelita. — A litten soltou um grunhido mal humorado, enquanto lambia seu pelo.

Ao voltar a olhar para a ratinha, Leona notou o colar que a azulada levava no pescoço, reconhecendo como sendo um típico da região onde morava a vários anos, achou que fosse algo interessante para puxar assunto.

— Ah! Esse colar é muito bonito! São bem típicos na região de Alola, onde eu moro, você também é de lá? — Perguntou sorrindo simpática e coçando a cabeça. Apesar de sociável e animada, Leona também não sabia muito bem como começar conversas com desconhecidos.

A exclamação da morena me assustou de início, tendo se empolgado enquanto compartilhava a informação de ser uma novata. Abri um pequeno sorriso encabulada com a situação e também comigo mesma. Havia me deixado levar pelas aparências e, no final das contas, ela era só uma iniciante assim como eu. O que a mulher dizia me dava conforto de certa forma pois me encontrava igualmente confusa. Sair de casa e entrar no cruzeiro foi empolgante mas depois vieram as dúvidas de onde começar e o que fazer.

Mais aliviada conseguir tencionar menos meu corpo, respirando com mais calma e ouvindo-a sem me intimidar tanto quanto antes; por mais que ainda me sentia nanica precisando erguer a cabeça para fitar seu rosto.


— Eu sou Vitória e essa é Nami. É um nome aloliano para se dizer onda. — me apresentei após Leona, aproveitando a também introduzindo Azurill visto que havia acenado para a pequena.


Foi quando ouvi-a comentar sobre o colar, juntando as informações e falando sobre Alola; meus acinzentados olhos brilharam e segurei Nami só com uma mão, usando a outra para segurar o totem do colar. Imediatamente estava ficando empolgada e nem percebia.


— S-Sim, é um colar que minha avó usava! Eu não sou de Alola mas minha família paterna é. — a curiosidade subia quando conhecia sobre a região natal de minha avó e meu pai. Interessada, olhei-a com olhinhos pidões. — Como é morar em Alola? Visitei a região durante minhas férias mas deve ser tão incrível viver lá!

- Eu não nasci em Alola, mas posso dizer que morar lá é muito incrivel! Apesar do calor. - Comentou, vendo que a garota agora parecia mais confortavel em conversar, tinha conseguido um assunto em comum. - Eu acordo todos os dias com a brisa do mar entrando pela minha janela, estou sempre a poucos passos da praia e é claro, as danças e comidas locais são incriveis!

So de pensar sua boca ja começou a salivar, lembrando das malasadas que comia sempre que tinha oportunidade. Alola era realmente uma região muito boa para se morar ou passar as férias de verão, sempre enrolarada e bonita.

- Se algum dia visitar HeaHea City, pode passar pela minha casa! É a unica que tem uma oficina pra aviões na garagem, hehe. Minha mãe adora visitas. - Mencionou a mãe mas não iria dizer que era famosa, aquilo poderia tirar o foco da conversa em Leona e passar a ser só sobre a Atleta. - E de onde você vem?

Carmelita, ao ver que o bate papo iria continuar, escalou um dos postes, onde estava batendo sol e se deitou, espreguiçando para tomar um banho de sol na barriga.

As respostas que recebia eram como imaginava: o local era um paraíso em formato de região! Se havia uma região que eu mais ansiava visitar era Alola. Conhecer da cultura de minha avó e deslumbrar das paisagens encantadoras seria como um sonho. Os contos passados por Leona apenas me faziam ansiar cada vez mais pelo dia que o S.S.Kyogre nos levaria até Alola.

No momento que fui convidada acabei desviando brevemente o olhar, um pouco atordoada. Era algo novo interagir e ser convidada para algo daquela forma mas... mas agora eu estava livre e se eu quisesse, poderia!


— Eu adoraria conhecer a ilha de sua casa. — não pensei muito antes de falar. A emoção de conversar sobre Alola me fazia somente agir, percebendo depois que havíamos acabado de nos conhecer. Com isso meu rosto se avermelhou um pouco e desviei o olhar para nosso arredor. — E-Eu sou Hoenn.


Graças ao desvio do olhar acabei por localizar um banco próximo, do qual convidei Leona para me seguir com o movimentar de mão. Sentei e aguardei a morena, aproveitando os segundos para me recompor da timidez.


— Como dizia, vim de Hoenn, de uma cidade chamada Slateport. É como um pedacinho de Alola em outra região. — sorri de canto ao me lembrar da cidade. — Temos uma enorme praia sempre preenchida por banhistas. Acima da praia tem feiras toda tarde, bastante agitadas, e até algumas festividades nas praças. Era um lugar bem agradável... mas... pequeno demais para mim. — coloquei Azurill sobre meu colo, tendo as mãos livres para segurarem o totem do colar. — E você, saiu de seu paraíso tropical por qual motivo? — assim que percebi a pergunta, novamente fiquei vermelha. — D-Digo, se não for muito invasivo...

Entrei no parque animada com o trapinch na mochila, estava numa onda de investigar todos os locais de Link city, e era bom passar um pouco com Drake. Ele estava nervoso com o teleporte, então um bom passeio poderia ajudar a aliviar a tensão do pokémon.

- Drake, relaxa, vamos fazer amigos, conhecer pessoas de verdade, e não gente de Black city. - Disse para ele animada. Queria conhecer gente mais normal, estou cansada das famílias que aparecem sempre em casa, pessoas que só se focam em aparências e em nomes. Aqui eu posso conhecer pessoas diferentes! posso finalmente arrumar amigos.

Com isso em mente, procurei um local para pousar o pokémon enjoado. - Drake, venha, ande comigo, vai se sentir muito melhor!