Centro de Criação e Cuidados Pokémon

O Professor detrás da garota podia ver uma cabecinha laranja saindo da mochila, olhando timidamente para ele. Drake estava dentro da mochila e ficou olhando curioso.

- Oh! Isso! tava mesmo precisando de você! - Disse após me virar para o professor enquanto dava uns tapinhas no ombro do professor. Ele já não conseguia ver o pequeno trapinch. - me falaram que você é bom com pokémons, você entende dessas coisas de psicologia e tudo mais, então eu vim pedir ajuda.

- Trap... - O pequeno apenas grunhiu de dentro da mochila.

Narração


Brevemente encarou a face do pokemon formiga saindo pela mochila da garota, trocando olhares por alguns segundos. Havia reparado no olhar retraído da criatura. Em seguida lidou com o extremo oposto da personalidade de Drake: a energia da jovem treinadora. Os olhos pousaram sobre a mão da menor batendo repetidas vezes em seu ombro. A sobrancelha se ergueu realmente surpreso em como a jovem agia.


Hemlock: Sim, sim. Dedico meu tempo em pesquisas para melhorar as condições de vida dos pokémons, seja fisicamente ou psicologicamente. — abriu um pequeno sorriso mesmo incomodado com os tapinhas que lhe foram dados. — E qual seria a grande emergência?


Enquanto conversavam a recepcionista tentava chamar a atenção de Ellie, tentando-a corrigir por falar diretamente com o professor sobre seu problema. As etapas a serem seguidas eram, inicialmente, passar para a recepcionista, mas pelo visto o próprio Hemlock não se importava muito com isso.

Fiquei um pouco sem graça mas fingi que não tinha acontecido aquilo, tinha "ficado no vácuo", então dei um sorriso amarelo e segui o professor.

Realmente o ambiente parecia bem maior que nas fotos e tinha muitos recursos caso surgisse uma urgência. Eu estava maravilhado com tudo.

Fui despertado do transe ao ouvir a euforia daquela senhorita. E que estilosa ela.

*-Trapinch!?*

Voltei para a mochila curioso, não avia visto um de perto antes Decidi ficar ali de olho para aprender com o professor. Provavelmente iria mostrar suas habilidades e aquela era uma ótima oportunidade.

Aquele homem era estranho, as pessoas normalmente ficam com uma cara de assustado ou uma cara estranha, confusa. Mas o professor parecia muito calmo até para a minha euforia.

Ignorando isso, assim que ouvi a palavra "emergencia" eu retirei a mochila onde mostrava o trapinch e o coloquei na frente. O pequeno se encolhia, mas tinha um olhar curioso em relação aos humanos em redor.

Estava tão agitada que nem sequer notei o garoto rechonchudo nem a atendente me chamando.

- Então...meu inicial, Drake, ele não batalha! Assom, não que eu não goste da personalidade dele, ele sempre foi assim, mas também ele nunca tinha lutado antes...ele é o contrario de um pokémon, ele nem condiz com o que diz a pokédex! - eu comecei a falar e as palavras começaram a sair soltas e confusas, já que eu não parava de falar. - aí...aí eu consegui fazer ele batalhar! É o unico jeito...mas complica muito na hora de lutar contra outro pokémon...por favor ajuda ele!!

Continuava sem folego após falar.

Narração


Acompanhou o ato da garota de colocar a mochila no chão e mostrar o pequeno Trapinch, percebendo mais uma vez o quão retraído a criatura era. Quando percebeu que seu olhar deixava-o encolhido decidiu se focar unicamente na jovem treinadora e ouvi-la com cautela. Era uma pena que essa mesma cautela não foi utilizada pela garota ao explicar o seu problema.

O atropelamento de informações poderia tornar um pouco confuso de assimilar o que ocorria ali. Felizmente para Hemlock já estava fácil de se entender; até mesmo analisando somente as personalidades opostas da treinadora e do pokémon.


Hemlock: Devagar, respira. — comentou baixo quando Ellie já estava sem fôlego. — Você dá a entender que o problema parte do pokémon. Mas analisando a situação é certo de que o problema parecer não ser um — continuou olhando para Ellie. — e nem o outro. — desviou e manteve o olhar em Drake. — E sim a falta de uma comunicação correta entre ambas as partes.


A forma como o professor concedeu a informação soou vaga, inicialmente. Portanto o homem agachou em frente ao Trapinch e encarou-o. Não transmitia nada em sua expressão além de calma.


Hemlock: Drake, certo? Você é um Trapinch que "destoa bastante do que diz a Pokedex sobre a sua espécie". Sabia que isso te faz ainda mais especial? — com um tom pacífico acabou por abrir um pequeno sorriso enquanto conversava diretamente com o Trapinch. — Você quer que eu te ajude a batalhar? — deixando a decisão por conta do pokemon, estendeu a destra lentamente e aguardou para ver se seria recíproco por parte da formiga.

Vendo a garota tentando explicar a situação eu comecei a ficar um pouco confuso, até que ela parou e o professor Hemlock começou a falar.

Eu praticamente não piscava e mantinha meus ouvidos atentos para cada palavra. Cada frase e atitude eu registrava em meu caderno de anotações. Tirei algumas fotos sem flash de longe para não atrapalhar e aguardava a resposta do pokemon enquanto olhava para a treinadora.

-Espero que o professor me passe essa tarefa de ajudar a garota de cabelo verde.

Sinceramente, a conversa do professor foi meio vaga, eu não entendi de todo o que ele quis dizer. Pela primeira vez eu parei por um tempo para realmente observar alguma coisa, o que deixou um silencio agradável, apenas com o professor falando calmamente com Drake.

Dessa vez notei o pequeno garoto que estava em meu lado, ele era gordinho e parecia bem atento ao professor, ficava anotando tudo no caderno. Eu apenas o olhei e voltei a olhar para o pequeno trapinch.

Drake olhou o professor, a palavra "batalhar" o deixava desconfortável, mas por outro lado, a voz do professor o acalmava, principalmente depois de eu fazer silêncio. O pokémon olhou o professor e não respondeu, mas a sua atitude fez uma "resposta", o mesmo saiu da mochila, olhando o professor com seus olhinhos brilhando. Acho que isso foi praticamente um "sim" silencioso.

Narração


A saída da pequena formiga de dentro da mochila foi a resposta necessária para seguirem até o próximo passo. Com um pequeno sorriso reconfortante o professor se levantou, colocando as mãos nos bolsos de seu jaleco e mudando o olhar para a recepcionista -aquela que tentava chamar a atenção de Ellie segundos atrás.


Hemlock: Treinadora e Drake, Ken também, me sigam. — convocou-os apressadamente enquanto se dirigia até o balcão. Assim que chegou era visível a velocidade com a qual a recepcionista anotava informações no papel. — Faça a ficha de pedido dela por favor. O valor cobrado será 100P$ e terá 2 pontos de criador como recompensa. O restante pode pedi-la para complementar.


Assim que o professor terminou de falar acabaram por dividir a atenção entre os dois jovens. A recepcionista ficou por conta da treinadora de cabelos esverdeados enquanto que Hemlock se virou para Benjamin.


Recepcionista: Preciso do seu nome, pokémon que está com o problema e a uma descrição rápida. — falou para Ellie.

Hemlock: Eu iria cuidar do caso pessoalmente mas estou pensando em apenas monitora-lo enquanto outro criador tenta o solucionar. Parece um caso complicado mas havia me dito que são esses os que te interessam. — comentou ao pequeno criador. — Gostaria de tentar resolve-lo?

Dei uma risadinha ouvindo o professor errar meu nome novamente, então acompanhei ele e a garota de cabelo verde.

Parece até que Hemlock lia meus pensamentos e viu eu pensando sobre ser chamado para solucionar o problema.

- Sim, quanto mais complicado mais me interesso em fazer-lo. Aceito esta responsabilidade, não irei decepcioná-lo Professor.

Eu poderia acabar quebrando a cara? Sim poderia, mas darei o meu melhor.

Aguardei até que a moça fizesse a ficha para poder pegar seu trabalho.

Acenei com a cabeça para o que disse o professor. E me dirigi até ao balcão, estava mais calma agora.

- Então moça, começando pelo nome, Ellie L- digo, Ellie Green. Meu pokémon é um trapinch e se chama Drake - Disse para a mesma com um sorriso. - na descrição pode botar "trapinch que se recusa a batalhar"

A seguir á conversa peguei os 100 para pagar, por sorte para além do dinheiro do meu pai eu ainda tinha uma mesada guardada na mochila.