Pocket Monsters League
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Jornada

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Jornada - Página 3 Empty Re: Jornada

Mensagem por Ellie Green Sex maio 31, 2019 2:21 pm

Capitulo 1
Intimidate ou Glare não vai mais funcionar!

Continuava na cidade de Sunyshore ainda. A maioria dos treinadores tinham já saído do local, mas eu continuava aqui refletindo em como fazer o meu trapinch lutar, depois da luta contra a Leona e a litten dela lá no Battle Park parque de batalhas  as coisas ficaram complicadas.

Fiquei sentada em um banco com Drake do lado, o mesmo estava desenhando o ultimo pokémon. Ele tinha desenhado a azurill primeiro, toda fofa. A ponyta galante e forte. O piplup com seus olhos estreitos e desconfiados, o torchic com as patinhas mexendo e por fim, a Litten com as garras de fora a sua cara de má.

Ele estava realmente fazendo a sua pokédex desenhada, e apesar que os desenhos estavam super mal feitos, gostava imenso deles, eram feitos com os sentimentos, com o coração, era a visão dele daqueles pokémons e isso era muito interessante de se ver. Aposto que um artista de verdade iria adorar ver um pokémon desenhando com o coração.

Enquanto olhava a Litten, acabei lembrando de uma coisa muito importante. - Drake...DRAKE! Eu sou um génio! - Disse para ele animada. O pequenino se assustou com o meu grito.

- Traap? - Ele perguntara confuso.

- Você consegue olhar para ela de novo? - Perguntei apontando para a Carmelita desenhada por ele. Ele rapidamente ficou nervoso e disse que não com a cabeça. Eu então sorri.

- Claro que não...mas você não precisa! - A sua cara de confusão foi a melhor, ele mal sabe do meu plano genial, sério...Ellie Lewis deveria receber um prémio pokénobel de melhores ideias. ter uma falsa identidade, mudar a cor do cabelo e roupa, enganar o velho assistente e ele não desconfiar...Bom, todas essas coisas podem dar Cadeia, mas esta minha ideia não.

Eu então pego no lenço que estava no pescoço dele e coloco nos olhos como uma venda, como o lenço dele é negro, ele não conseguia ver praticamente nada. Ele acabou ficando mais nervoso, tentando andar vendado.

- Calma calma! Vamos com calma. Deixa eu explicar, confia em mim e você vai ficar menos nervoso. - Acalmei-o.

- Traap…

- Então, vou explicar. Você lembra do Ace e do Pollux certo? Viu como eles confiavam nos treinadores e reagiam rápido ás suas ordens? Vamos fazer o mesmo, mas você vai estar vendado. Eu vi que você fica nervoso olhando para o pokémon que está batalhando. Eu sei...você não gosta de enfrentar os outros e muito menos olhar na cara de seu oponente..eles podem ser assustadores ás vezes.

- Trap… - Concordou comigo.

- A cara de determinação deles pode se tornar uma intimidação para você e por isso...você não vai precisar olhar para eles com este treino. Porém...precisamos treinar! - Eu sorri assim que o trapinch concordou, estavamos decididos a treinar em sunyshore city hoje.

---x---

Decidi um local legal para treinar, um local um pouco mais afastado das pessoas para que isso não atrapalhasse o pokémon cego. Decidi então testar primeiro as pegadas dele, não só ele teria de aprender, eu teria também de saber o quanto ele ataca, qual o alcance dos golpes dele e o quanto ele conseguia pular desviando.
Será que eu conseguiria comandar ele e ter reações rápidas o suficiente, teria de saber bem usar as palavras para que ele não se confunda. Não poderia falar coisas como “Use aquela árvore” ou “Desvie do ataque”. Eu teria de falar “Dez passos para a direita” ou “Oiça os passos dele” , “dê um salto para a esquerda para desviar”.

- Muito bem Drake, dê dez passos para a frente. - Ele deu nervoso e cauteloso, fazendo os passos ficarem ainda mais lentos do que o normal dele (que já é muito lento). - Drake, tem de conseguir confiar em mim, vá normal, não hesite ou ande mais devagar.

Ele então o fez, acabou hesitando das primeiras vezes, mas após tantas repetições começámos a confiar um no outro, as minhas palavras se tornaram as ações de drake...bom, isso ao andar, agora faltava tudo o resto que eu precisaria de resolver.


- Salta para cima - E o mesmo saltou para cima, mas tem algo que eu notei é que ele não salta muito alto, mas bastante consistente do jeito que ele caía, eu descobri que ele nunca cai depois de um salto.

Tentei fazer outras coisas como fazer ele andar para os lados como um krabby ou até mesmo fazer ele deslizar...coisa que ele não consegue fazer.

----x----

Ficamos dois dias treinando e nos tornamos mais sincronizados um com o outro, Drake conseguia me ouvir perfeitamente e eu conseguia dar os comandos rápidos e precisos.

Uma parte de toda a insegurança e medo tinha sumido, como ele não pode ver, sevipers e littens com glare e intimidate não vão mais funcionar, o que é perfeito!

Ao terceiro dia decidi levar o pequeno trapinch até a rota onde tinhamos de seguir, lá haveria pokémons e poderia testar Drake com mais facilidade, dessa vez com uma batalha de verdade.

Procurei pela rota 222, várias pessoas passavam, alguns com seus pokémons. Outros batalhavam, pescavam e até mesmo mergulhavam por ali. Eu queria ter a chance de lutar contra todos eles, mas Drake não estava pronto, depois da ultima batalha, eu não vou querer ter a chance de lutar contra um pokémon forte, não desta vez.

Era uma boa vista, estava feliz por estar em uma aventura assim, pena que o Drake vendado não conseguia ver nada disso, mas todas estas batalhas e pokémons o deixaria nervoso.

- Traap… - Ele olhava para todos os lados, sem conseguir ver nada, se assustava com os sons de todo o tipo de pokémons.

- Relaxa Drake, ninguém está nos atacando, além disso, este treino vai ser muito simples...treinamos por três dias, é só você me ouvir e fica tudo bem!

- Trapinch - Ele concordou, afinal, ficamos treinando durante um bom tempo e ele parecia um pouco mais confiante.

Fui para um lugar mais calmo e decidi procurar algum pokémon. Não demorou muito até achar. algum. A minha pokédex rapidamente disparou.

Com nervos de ferro, nada perturba este pokémon. Ele é mais ágil e ativo do que parece

- Sério? Certo! Vamos lá Bidoof, o Drake te desafia para uma batalha - Digo, colocando o trapinch no chão, ele parecia bastante nervoso. Ao contrário do bidoof, que estava a juntar berries no chão, já tinha três delas. O pokémon castor olhou para mim e logo em seguida para o pokémon laranja todo vendado. Ele dá de ombros e volta a juntar berries.

Me aproximei novamente dele, já que a criatura me ignorou.

- Você não vai lutar comigo?

- Bid.. - Ele abanou a cabeça enquanto contava as berries, apesar de serem apenas três

- Porque?

- Bidoof

- Mas a gente precisa batalhar, eu não vou te pegar

- Doof

- Ei, olha uma berrie em cima da arvore!

- Bi? - O pequeno olhou para a árvore mesmo acima dele e nada de berries. - Bidoof? - Ele deu de ombros e voltou a contar as berries, só que só tinha duas

- Viu? É o que dá não aceitar lutar comigo, minhas mãos são mais ágeis que seus olhos - Disse para ele com um sorriso, em uma das minhas mãos tinha a berrie, a jogava para cima e a pegava. - E agora bidoof? vai lutar ou não?

O pequeno roedor cruzou os braços, olhou para Drake pensativo, se perguntando se iria mesmo batalhar ou não.

- Quer a berrie? eu te devolvo se você ganhar essa luta.

- Bid… - Ele suspirou e descruzou os braços se colocando sobre quatro patas e esperando a batalha começar. - Bidoof!

- É isso aí! Vamos Drake! - Disse, mas para minha surpresa, o trapinch estava mais preocupado em cheirar as flores perto de onde a gente estava, ele não conseguia ver, por isso ele ficou cheirando as flores, me pergunto se ele conseguiu cheirar as flores ou simplesmente as achou
. O coloquei de novo no campo de batalha, que neste caso era apenas um gramado.

- Pode começar Bidoof. - Disse, o pokémon sorriu amigavelmente e concordou com a cabeça e começou investindo com tackle na direção do Drake. Eu comecei a ficar nervosa, eu tinha de ordenar alguma coisa rápido.

- Drake, ande três passos para a esquerda! - Disse, tentando fazer ele desviar, mas o bidoof sabia exatamente para onde ele ia desviar e o trapinch acabou levando com o tackle.

- Trap! - Ele sentiu um impacto e foi jogado a um metro para trás, e novamente se encolheu não querendo lutar mais. Eu comecei a ficar mais nervosa com isso, achava que a batalha tinha terminado ali.

- Bidoof. - O bidoof se aproximou do trapinch o chamando e logo em seguida se afastou, esperando Drake se levantar.

- você vai esperar o turno dele? - Perguntei ao pokémon, que acenou com a cabeça positivamente, ele o estava esperando em pé. - Viu Drake, é sua vez, ele te espera!

- Trap? - O trapinch parou de se encolher, ele ficou confuso o porque de o pokémon não o atacar sem parar como a Carmellita.

- Bid!

- Trap! - Ele se coloca em posição e me espera.

- Vamos lá! vamos começar de novo! Drake, ele está a 6 passos seus, use mud-slap! - Ordenei e o pokémon parasita arranca um bocado de terra coma boca e o cospe em uma bola de lama indo em direção ao bidoof. O mesmo  corre sobre duas patas e salta no momento em que o mud-slap o ia acertar, ele era bem ágil e rápido, ao contrário do trapinch e melhor treinador dele mesmo do que eu. O bidoof no ar começa a ficar em forma de uma bola e investe contra Drake.

Bidoofs aprendem o movimento rollout bastante cedo” - A pokédex respondeu.

- Drake! dois passos para trás e abra a boca - Disse para o pokémon, que assim o fez o mais rápido que conseguia. Ele estava vendado, então ele seguia apenas as minhas ordens, sem ver o que estava acontecendo.

O Bidoof em forma de bola não conseguiu controlar a queda do salto e caiu mesmo na boca de Drake.

- Agora! Bite! Com toda a sua força! - Disse, mas algo estava errado. O bidoof estava brilhando em cinzento, parecia duro como rocha, Drake não conseguia  morder ele mais.

- Pokedex! Explica!

Bidoofs podem se enrolar em uma bola e aumentar suas defesas, esse movimento se chama Defense Curl

O pequeno pokémon laranja começou a ficar desesperado com aquela bola de pelo que parecia duro como pedra, soltou a mandibula começou a sacudir a cabeça para o tirar dali, o jogando longe.

“Rollout vai ficando mais forte á medida que aumenta de velocidade” - A pokédex respondeu

- Como ass- - Nem tive tempo de terminar a frase, pois o facto do Drake ter jogado a bola de pelo longe fez com que ganhasse velocidade e desta vez veio com mais força e mais velocidade, acertando em Drake, apesar de não doer muito ao pokémon, pois de alguma forma era resistente, aquilo assustou o meu pokémon, que ficou parado esperando meu comando, sem saber o que fazer.

Mud slap ou sand-attack não seriam o suficiente para abrandar ele, ele nem tem os olhos expostos, bite não resulta...só pode ser...

- É isso Drake, seu ataque mais forte! - Eu disse, mas assim que ia comandar o nome do ataque, um som de alguma a sair da pokébola surge,


- AAAAAHH! VOLTA PARA A POKÉBOLA! - Digo ao ver Lucius me abraçando a perna, por um momento paralisei, deixei de pensar em qualquer outra coisa.


- Trap? - Por outro lado Drake estava confuso, ele não conseguia ver nada e levou novamente com o rollout, mais rápido e mais forte. O mesmo se encolheu e ficou lá esperando eu fazer algo assustado.


Tentei pegar na pokébola do Lucius, mas com o medo todo acabei deixando ela cair e rolar para longe.

- Lucius...Por favor… - Disse, com as lagrimas nos olhos. - Sai...DE PERTO!

Ele começou a subir na perna, sem usar seus braços e pernas, apenas rastejando com o corpo todo. Me fazendo cair em choque para aquela cobra...sério...PORQUE ELE TEM DE PIORAR TUDO!!

Biiid! - O bidoof avança de novo contra o trapinch, desta vez ele foi tão forte que foi capaz de fazer o Drake levantar do chão, caindo a uns metros dali.


Eu ao ver aquela cena do trapinch levantando do chão me despertou alguma coisa dentro de mim, eu me levantei mesmo tendo um pokémon cobra subindo em mim. Novamente ele vem com mais força e mais velocidade, decerto que se isso tocar no Drake, ele vai cair e eu vou perder a batalha.

Estava tremendo e chorando, mas não podia deixar o Drake ser o unico a enfrentar seus medos. Eu também preciso! Eu sou uma treinadora! Eu sou a treinadora deste pokémon e eu vou saber usar ele!

- Drake! BULLDOZE! ACABA COM ISSO! - Gritei com todas as minhas forças e o trapinch finalmente reagiu, ele deu um salto, maior do que ele podia fazer e isso fez varias ondas fortes irem em para todos os lados, fazendo o lucius de desequilibrar de mim. Eu acabei correndo na direção da pokébola, tropeçando devido ao mini terremoto e pegando a pokébola de lucius.

Já o bidoff com o tremor de terra começou a quicar completamente sem controlo, batendo no chão com cada vez mais força e acabou saindo da forma de bola de pelo, completamente confuso e enjoado, o mesmo bateu de cara no chão, vomitando devido ao enjoo. Logo em seguida desmaiou.


- DRAKE! VOCÊ CONSEGUIU!! É ISSO AÍ!!! É ISSO AÍ! - Eu guardei a pokébola já com o snivy dentro e corri até ele pegando no mesmo. Tirei a venda do mesmo e o abracei. Ele ficou sofrendo com o sol, tinha passado 3 dias vendado, mas assim que voltou a enxergar direito, ele olhou em volta, olhando para as arvores, a praia lá longe e por fim, um bidoof desmaiado no meio do vomito. Ele se assustou - Traap!

- Ah...ele! É verdade, vamos levar ao centro pokémon!! - Disse pegando no bidoof com algum nojo...ele estava todo vomitado...e fede muito…

mas ignorei isso e fui até ao centro pokémon, onde ele foi tratado e a enfermeira acabou brigando comigo por fazer um pokémon vomitar, que podia deixar o estomago machucado, ou podia estragar o apetite dele. Mas no final, ele ficou bem e nada mal aconteceu com ele.

Acabei indo pegar uma duzia de berries para o Bidoof, que se recuperou em menos de uma hora.

- Obrigada pela batalha. - Disse para ele. - E desculpe por te deixar enjoado.

- Bidoof! - Ele sorriu e começou a contar todas as berries que eu tinha pego para ele.

- Você não ganhou, mas eu ia te devolver a berrie na mesma, de qualquer jeito, acho que você merece mais do que uma.

O bidoof se aproximou de mim sobre duas patas e esticou a pequena patinha para mim, acenando com a cabeça, eu acabei dando um aperto de mão nele, vendo que era isso que ele queria.

Ele finalmente se aproximou do trapinch e novamente esticou a mão, o pequeno pokémon fez o mesmo, apertando a mão um do outro. Eles começaram a falar na sua lingua, o que eu não percebia, mas o trapinch acabou corando um pouco. Provavelmente estava elogiando ele ou a batalha.

------x------

O bidoof acabou voltando para natureza, ele foi legal, eu podia pegar, mas eu prometi não pegar ele, afinal, ele foi tão legal comigo.

- Traap - Ele disse quase cantando.

- Está fazendo o que?

- Traaaapinch! - Ele todo feliz mostrou o desenho do bidoof que ele tinha feito. - Trap!

- Você conseguiu Drake. E acabou fazendo um amigo. Viu? Batalhas não são tão ruins...okay que minha ideia de vendar você não é a melhor, mas por enquanto serve.

- Trap. - Ele concordou, sorrindo para mim, como nunca tinha sorrido antes em muito tempo.

- E aí...vamos batalhar de novo? - Perguntei pegando nele para colocar na mochila, no final acabei recebendo um não em forma de mordida...e foi um não doloroso. Mas no fundo eu estava feliz pelo Drake ter conseguido fazer uma batalha, ele me parece um pouco mais confiante


- Drake, estamos prontos para explorar esta rota de verdade.

- Trap!

---Fim do capitulo---
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Jornada - Página 3 Empty Re: Jornada

Mensagem por Leona Reinhardt Sex Out 25, 2019 8:17 pm

"Sinnoh tem um vento mais gelado vindo do norte, ouvi dizer que é uma região bem fria. Eu gosto desse tipo de clima, é excelente para tomar chocolate quente ou comer curry."
Eu e Carmelita não avançamos em relacionamento desde que saímos de Alola. Ela prefere ficar em cima do armário ou escondida no escuro do que na frente comigo. Tenho que descobrir como conseguir a confiança dela, descobrir algo que ela goste..."

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CAPÍTULO 2 - Pássaros que ficariam ótimos com batatas

Depois que já estavam bem instaladas no hotel em Link city, Leona e Carmelita foram para a região de Sinnoh, onde iriam começar a sua jornada. Deixou o seu precioso avião pousado em algum lugar e iriam seguir a pé até a cidade mais próxima para conseguir suprimentos e quem sabe algum trabalho.

Caminhavam em silêncio, com a treinadora olhando ao redor tentando ver algum pokémon selvagem e Carmelita fazendo o mesmo, mas cheirava o chão hora ou outra.

Então...Você tem alguma ideia do que fazer? Quer dizer, ainda não entramos em nenhuma batalha com pokémons selvagens...E você não pegou leve com o trapinch daquela garota. — Leona comentava, e Carmelita pareceu esboçar um sorriso confiante, ela parecia gostar de ser temida e vista como um ser cruel que ataca os mais fracos.

Recebeu alguns grunhidos de resposta da gatinha, que começou a cheirar o chão de terra com um pouco mais de força, com as orelhas e a cauda bem altas. Parecia ter encontrado algum rastro que pudessem seguir.

Talvez possamos entrar na floresta e procurar algum pokémon selvagem para batalhar...Quem sabe eu até consiga capturá-lo! — Falou ela animada, ajeitando os suspensórios da jardineira que usava e então pegando sua pokédex na mochila. — De acordo com o mapa, nós estamos na rota 201 e em breve vamos chegar Sandgem Town.

Enquanto Leona falava, Carmelita correu por entre as árvores, dando um miado alto de alerta, que fez a treinadora perceber o afastamento da Litten e correr atrás dela.

A novata não era exatamente uma garota pequena, fazia bastante barulho ao correr por entre as árvores atrás de sua gatinha, causando vários barulhos como grunhidos altos de susto e batidas de asas.

Desacelerou quando viu Carmelita abaixada em uma grama alta. Ela olhou para a treinadora, que se abaixou junto e tentou se esconder junto com a gata, ambas espreitando alguma coisa.

O que você achou?...

Nyahahah — Ela sorriu de canto, observando o pokémon logo a frente.

Era um simpático Starly, que bicava o chão a procura de comida. Milagrosamente o pássaro não pareceu notar a presença da litten ou da mulher imensa escondidas na grama alta, talvez a vida ali fosse tranquila pra ele não ter que se preocupar tanto assim com predadores.

Deixa eu ver… - Pegou sua pokédex e apontou para o pokémon, que passou as informações dele. — É um tipo voador e normal…Acho que podemos nos sair bem contra ele, o que acha? Vamos tentar?

Nyah! — Ela acenou com a cabeça, e as duas começaram a se arrastar pela grama até chegarem mais próximas.

Chegaram até onde ela acabava e se iniciava um pequeno terreno de terra onde o Starly ciscava o chão. Carmelita estava atenta como uma verdadeira caçadora, sua cauda balançando enquanto esperava o melhor momento para atacar.

É isso! Ele ficou de costas, agora é o momento pra ata... — Recebeu uma patada na cara da gatinha, que empinou o nariz e deu um sorriso, como se dissesse que iria mostrar qual era seu estilo de batalha.

A gata se levantou e caminhou silenciosamente até o pokémon pássaro. Quando já estava bem perto, ela pisou forte no chão, chamando a atenção dele e o fazendo se virar.

A expressão de medo na face do Starly era evidente quando se virou. Carmelita o encarava com um olhar ameaçador e confiante, sua habilidade fazendo efeito e deixando o oponente paralisado. Ele não se moveu quando a gata pulou e mostrou as garras, o atacando com um Scratch que o fez rolar pelo chão e levantar poeira.

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Carmelita se portava como uma verdadeira superior. A cabeça, orelhas e cauda sempre eretas para mostrar sua força, e agora as garras completamente a mostra. O Starly gritou de medo e voou quando percebeu mais um ataque vindo em sua direção.

Então é assim que é o estilo dela?...É um pouco cruel, mas acho que consigo me adaptar ao seu ritmo. Ela é calculista e espreita o inimigo, mas faz questão de anunciar sua chegada e começar intimidando para ter a chance de atacar primeiro...Demais…” Leona pensava enquanto ainda agachada, sorrindo orgulhosa ao ver a lutadora forte e corajosa que Carmelita era.

Os pelos das costas da gata começavam a se levantar e a ficarem vermelhos, anunciando a chegada de uma bola de fogo flamejante. Ela tomou impulso e saltou alto, antes que o Starly pudesse fugir da batalha, ela cuspiu uma bola de pelos flamejantes na ave, que caiu de volta no chão com os olhos fechados, desmaiada.

E agora eu jogo uma pokébola?...” Pensou Leona, indo até sua mochila e pegando uma das bolas vermelhas e brancas, atirando no Starly caído.

Mas antes que a pokébola batesse no pássaro, Carmelita saltou e a rebateu, jogando a bola contra uma árvore e fazendo ela se quebrar.

Por que?! — Perguntou incrédula a treinadora.

Nyah. —  A gata apenas empinou o nariz e desviou o olhar, esnobe, como se dissesse que aquele Starly não era digno de ser seu parceiro de equipe, pois nem uma boa briga ele tinha dado.

A litten estava voltando para perto da treinadora quando o vento soprou mais forte e grunhidos irritados foram ouvidos. Carmelita estava confusa, suas orelhas se movendo, parecia não saber o que estava acontecendo e de onde estava vindo o barulho. Se movia rápido demais até mesmo para ela perceber.

Antes mesmo que notasse o inimigo, ela recebeu um golpe de um vulto voador, um Wing attack de um pássaro maior, um Staravia, que havia corrido em direção ao seu irmão ou filhote caído.

Jornada - Página 3 Staravia-f

Carmelita deu uma cambalhota no ar e parou com as patas no chão, as garras de fora adentrando a terra. Ela sorriu, como se estivesse feliz por encontrar um oponente a altura dela. Seu pelo se arrepiou de novo e ela lançou mais um Ember nele, que fechou suas asas para receber o golpe e depois abriu, dissipando o fogo no ar.

Staaaravia! - Mergulhou para mais um ataque, esse que Carmelita desviou com um salto.

O pokémon deu meia volta com graça, voando rapidamente na direção da gata. Ela preparava suas garras para atacar com um scratch, mas o Staravia pareceu se teleportar para a frente dela, acertando um Quick attack certeiro em seu corpo, a lançando com violência em direção a árvore.

Ela é boa intimidando pokémons pequenos...Mas não está tendo chance contra este...O que eu devo fazer...Vou ajudá-la…” pensava Leona, ainda abaixada na grama apenas observando a maneira com que sua parceira se movia.

A gata estava se levantando quando o Staravia partiu para um outro ataque. Ela ainda não tinha recuperado seu foco e ia receber mais um golpe que provavelmente a desmaiaria sem chance de se defender, como ela mesma havia feito com o pobre Starly momentos mais cedo.

BAM!


O pássaro nem viu o que o atingiu, uma mão grande e braços musculosos, bem na cara. O forte soco de Leona jogou o Staravia há alguns metros longe de Carmelita, que se levantou e balançou a cara, recobrando o foco.

Desculpe pela demora, queria ver como você se saia. — Falou em uma postura heroica de salvadora.

Nyah! — Ela balançou a cabeça e sorriu, parecia satisfeita ao ver o pokémon que a atacou levando um soco tão forte.

Vamos lá, sou novata nisso, mas temos que aprender a batalhar juntas. Eu entendo como o voo funciona, posso prever os movimentos desse pombo. Podemos fazer um delicioso assado com batatas!

A litten apesar de acostumada e preferir batalhar sozinha, reconheceu que não teria muita chance contra o Staravia sozinha, e que estaria acabada se não fosse a intervenção de Leona.  

O Staravia também se recuperou, agora estava mais furioso pelo golpe recebido de um ser humano.

Ótimo! Ele se irritou, vai começar a agir sem pensar. - Comentou a mulher, ficando atrás de seu pokémon, que deu um grunhido de confirmação. — Você está em uma boa posição, espere ele vir até você e salte.

Como dito, Carmelita esperou, se afastou um pouco e percebeu que estava colada em uma árvore, sorriu maliciosa ao pegar a estratégia da treinadora.

Com um rasante, Staravia cortava os céus, voando para acertar Carmelita com fúria. Milésimos foram o suficiente para a Litten saltar e o pássaro bater direto na árvore, quebrando um pedaço por conta de sua força e selvageria.

Não perca a oportunidade! Use o Ember! — Falou alto, e a Litten logo o fez, jogando uma bola de fogo nas costas do Staravia, que gritou de dor e caiu de barriga no chão.

Ainda não estava derrotado, mas pequenas brasas consumiam suas asas, ele tinha se queimado com o golpe da Litten, que agora estava no chão colocando suas garras pra fora, pronta para atacar mais uma vez.

Agora use o Lick! NÃO ESPERA! ESSE GOLPE NÃO VAI FUNCIONAR NELE, TIPOS NORMAIS SÃO IMUNES A GOLPES DO TIPO FANTASMA! — Leona se confundiu, levando a mão na cabeça tentando se lembrar do pouco que sabia sobre vantagens e desvantagens de tipo.

No último instante Carmelita também se lembrou, pela primeira vez ela tinha entrado em sintonia e confiado que Leona a levaria a vitória, tanto que nem notou a falha. Colocou as garras pra fora e atacou com um Scratch, mas já era tarde, o Staravia tinha conseguido se recuperar e se levantou, levantando voo novamente e levando o dano por suas queimaduras.

O pokémon bateu suas asas fortes na terra, levantando poeira. Leona e Carmelita taparam os olhos e quando puderam ver novamente, o pássaro voava para longe, com o pequeno Starly desmaiado, ele até mesmo fazia um gesto com uma das asas, mostrando o “dedo do meio” para as duas.

A poeira baixou e a floresta ficou silenciosa novamente, com Carmelita e Leona de olhos arregalados, surpresas com o pokémon fugindo.

É...Acho que ele não vai mais nos incomodar por algum tempo...Tá afim de almoçar? — Perguntou Leona, sorrindo para a Litten.

Carmelita deu um pequeno sorriso, parecia feliz por entrar em sua primeira batalha ouvindo aos comandos de Leona, mesmo que ela tivesse se confundido com os golpes e o inimigo fugiu.

A Litten não conhecia a sensação de ser salva por alguém. Se estivesse sozinha, provavelmente teria sido espancada pelo Staravia até ficar a beira da morte, como já tinha acontecido várias vezes em Alola, quando ela se encrencou com pokémons maiores.

Apesar de orgulhosa ao manter sua postura solitária, ela começava a gostar de ter alguém que se preocupava com seu bem estar.

----

Em pouco tempo, Leona montou uma toalha para comerem um piquenique antes de continuar avançando pela rota. Tinha em sua maioria frutas, barras de cereal e sanduíches em sua mochila, e ambas comeram em silêncio enquanto observava as nuvens , encostadas na sombra de uma árvore.

Depois de comer, Carmelita estava se lambendo e Leona estava sonolenta, não tinha parado para dormir direito desde que saíra do hotel em Link city. Mexia em seu poképad quando caiu no sono encostada na árvore, deixando o aparelho tombar por seu colo e cair próximo a litten.

A gata cheirou o aparelho, sem saber o que era aquilo. Parecia com um dos painéis do avião de Leona, mas bem menor. Ele mostrava pokémons batalhando sem usar movimentos, em um ringue quadrado, com seus treinadores usando fantasias parecidas com as dele. Todos os pokémons grandes e fortes.

Maravilhada com o vídeo, a gata assistiu a luta que passava, um Hawlucha enfrentava um Machoke com seus treinadores fantasiados em um combate como iguais. Seu ronronar começou a medida que o tempo foi passando e a luta acontecia, despertando um interesse na pokémon. Quando o vídeo acabou, ela colocou a patinha na tela, em um dos quadrados que mostravam mais lutas, e continuou assistindo até que Leona acordou alguns minutos depois.

Bom...Temos que continuar, quero passar a noite na cidade, quem sabe as comidas gostosas que vamos poder comer lá! — Se espreguiçou e se levantou, alongando-se e vendo o sol já começando a se abaixar no céu. — Vamos Carmelita?...Carmelita?

A gatinha parecia hipnotizada maratonando as lutas no ringue, a cauda balançando e soltando grunhidos a cada golpe que gostava.

Ah! Você gostou da luta livre? Minha mãe e eu assistimos sempre que podemos, é muito melhor ver pokémons e treinadores batalhando juntos em roupas coloridas do que só o pokémon sozinho, não acha? — Ela sorriu para a Litten, que se levantou e também se alongou, soltando um grunhido satisfeito de confirmação.

Guardaram tudo e Leona seguiu a rota tranquilamente, com Carmelita indo a frente e atacando com chutes e socos flores e pequenas plantas que passavam. Ela até mesmo estava tentando caminhar com as duas patas. A novata olhava aquilo com um sorriso, também feliz por encontrar algo que a Litten gostava, e que poderiam fazer juntas de agora em diante.

Ótimo, falta só alguns minutos para chegarmos a cidade, vamos poder tomar um milk shake!



--- FIM ---
Pokémons capturados: -
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Jornada - Página 3 Empty Re: Jornada

Mensagem por Zetheir Ter Dez 10, 2019 9:23 pm

Capítulo 1: Primeiros Estranhamentos


Sunyshore City, a cidade onde o sol brilha. É aqui que, depois de uma viagem em um enorme cruzeiro, Hyosuke atracou. E ele não poderia estar em um lugar mais condizente com seu espírito ardente e radiante. Afinal, Sunyshore era a cidade onde poderia estar se quisesse começar uma jornada brilhante como um coordenador Pokémon. E seu parceiro, Oshawott, não poderia discordar.

Na verdade, Hyosuke teve pouco tempo para conhecer Oshawott, pelo menos comparado a seus outros dois irmãos. É que Hyosuke decidiu começar sua jornada só agora, depois de vinte anos sem nenhum contato mais afetivo e próximo com Pokémons, enquanto seus irmãos demonstraram interesse logo cedo. É por isso então que ele decidiu que tentaria primeiro se familiarizar com o Pokémon, assim teria uma vantagem sobre seus irmãos.

Sua espécie é Oshawott? — Hyosuke perguntou, se agaichando para falar olho no olho com o Pokémon
branquelo. — Acho que pra começar, a gente tem que procurar um nome pra você, não é?


O Oshawott parecia confuso. Hyosuke parecia confuso, e essa confusão refletia no seu parceiro. Mas não é por outra, Hyosuke tinha ingressado nessa de ser um coordenador Pokémon só agora. Ele não fazia ideia de onde começar, mas falar com seu Pokémon parecia o certo. Mas felizmente, Hyosuke logo teria uma luz do que fazer com sua jornada…

"Atenção, passageiros. O cruzeiro partirá de volta para o Entralink em cerca de 10 minutos. Todos os participantes da PML por favor, desembarquem."

Foi então que Hyosuke notou… e ficou levemente envergonhado. Talvez como primeiro passo, descer do navio seria uma ótima ideia, não? E assim ele fez, descendo do navio e pisando seus pés na calçada de Sunyshore.
Oshawott, pisando em terra firme, começou a olhar toda a cidade a sua volta. Ele parecia levemente apreensivo, principalmente por estar com um coordenador tão novato, sem nenhuma experiência em Pokémons, mas não seria muito diferente, já que Oshawott não tem muita experiências com humanos também, diferente de outros Pokémons.

Perdão, Oshawott — Hyosuke se desculpou, cruzando os braços e levemente constrangido. — Eu tô descobrindo isso de ser coordenador agora. Mas a gente vai se descobrindo, né?

Oshawott acenou com sua cabeça. Ele também parecia disposto a descobrir mais sobre esse mundo. Talvez conhecer aquele humano fosse realmente fazer bem para a lontra.

É… bem… seu nome, como eu disse. Acho que quando chegar a hora eu vou saber. Tô confiante disso. Enquanto não chega, a gente pode fazer uma coisa que amigos fazem toda hora. Comer!

Oshawott parecia um tanto surpreso. Ele realmente iria comer? Bem de certo ponto, podia ser realmente divertido. Talvez eles pudessem tentar.

Okay, o que a gente vai comer?... Oshawott?

De repente, a lontra desapareceu da vista de Hyosuke. Olhando de um lado para o outro, ele logo percebeu que ela corria para a costa, onde depois a lontra ficou olhando a água intensamente. Confuso, Hyosuke decidiu se aproximar e ver o que a Oshawott estava tramando.

Você quer nadar? Também pode se-

Em um movimento rápido, Oshawott tirou a concha de sua barriga, fez uma enorme lança de energia sair da pontda da concha, e enfiou essa lança de energia na água. ALguns segundos depois, lá estava… um Magikarp, empalado pela lança de energia.

O-OW, O QUE É ISSO?!

----------------------------------------------------

Hyosuke e Oshawott sentavam lado a lado em umas cadeiras do Centro Pokémon. Depois do que Oshawott fez, Hyosuke saiu correndo até o centro para que alguém cuidasse de um Magikarp que foi gravemente empalado por um Oshawott.

A lontra havia ficado um pouco rabugenta com o ocorrido. Como pode o coordenador ter pego a comida que ele pescou com todo cuidado, apenas para dar ela pra uma moça qualquer de cabelos rosa? Nunca mais ele pegaria comida para um ingrato destes. Hyosuke, por outro lado, imaginava porque ele faria um ato tão… tenebroso quanto este. O que ele tava pensando ao empalar um Magikarp assim, do nada? Mas os pensamentos dos dois não ficaram divagando por muito tempo. Em alguns minutos, a mesma enfermeira saiu de uma sala para dar notícias aos dois.

Então, Magikarp está se recuperando. De alguma forma, esse Magikarp foi MUITO sortudo, por que a lança conseguiu não atingir nem um órgão vital. Ele está se recuperando agora, e acreditamos que ele poderá voltar ao selvagem novamente em breve.

Entendido… obrigado, enfermeira.

Mas por que você pediu a seu Oshawott pra fazer isso?

Eu não pedi! — Hyosuke contestou. — Ele só foi e… fez isso.

Cuidado com seu Pokémon, então. Essa agressividade pode vir a machucar outros treinadores se não tomar cuidado.

Oshawott ouvia toda a conversa atentamente, mas ficou indignado com a última fala da enfermeira. O estava tentando amedontrar o coordenador dele? O Oshawott lgoo se levantou, cruzando seus pequenos bracinhos e olhando feio para a enfermeira. Hyosuke e a enfermeira logo voltaram sua atenção para Oshawott, levemente preocupados com aquela expressão.

Enfim… obrigado por escolher o Centro Pokémon. Volte sempre!

Hyosuke então decidiu partir e procurar um dos hoteis financiados pela Liga para dormir. Ele não acreditava que conversar sobre o ocorrido de imediato daria em alguma coisa, então seria melhor só esquecer esse dia e esperar o próximo. Podia ser que o seu Oshawott só tinha entendido algo que Hyosuke disse errado, não é? Ele teria que esperar. Mas enquanto isso não vinha, ele iria tomar seu banho, escovar os dentes e sentar na cama com Oshawott.

Assim que sentou, Hyosuke alcançou sua mochila e tirou um pequeno Poffin que havia feito no cruzeiro.

Ei, Oshawott, quer provar?

A lontra observou o objeto cuidadosamente. Além de todas as coisas mirabolantes que havia visto hoje, ainda tinha mais isso? Ele não fazia ideia do que fazer com o objeto, então apenas o segurou.
Enquanto isso, ele via que Hyosuke tirava outro de sua mochila e o mordia, arrancando um pedaço fora. O que poderia ser aquilo? Será que ele estava comendo a coisa incrivelmente fofa que Oshawott segurava? O Pokémon se pos a analisar um pouco o objeto, o cheirando um pouco, e depois decidiu mordiscá-lo. Tinha um gosto bom… ele não esperava um sabor tão diferente.

Gostou? — Hyosuke logo perguntou. — É o primeiro que fiz, então pode estar com algo errado, talvez.

Não que Oshawott percebesse, mas realmente o Poffin estava um pouco borrachudo. Mas não teria como Oshawott saber, era o primeiro Poffin que comeu na vida — e o gosto por si só já era interessante. Ele então virou sua cabeça para Hyosuke e… acenou, com um pequeno sorriso no rosto.

Hehe, que bom! Então… que tal a gente comer uns Poffins enquanto assiste um filme? Acho que você vai gostar.

E assim, mesmo que perplexo com todas as luzes piscantes e as pessoas e Pokémons presos naquele quadrado em sua frente, Oshawott decidiu tomar aquilo com a normalidade que seu coordenador tomava, tentando só aproveitar o momento.

Hyosuke e Oshawott ainda se estranham um pouco… mas talvez, com um pouco de cuidado e lentidão, eles consigam se tornar mais próximos um do outro. Basta apenas dar tempo ao tempo.


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Mensagem por Zetheir Qua Dez 11, 2019 1:05 pm

Capítulo 2: O Caminho Mais Longo


O sol da manhã já iluminava sem qualquer timidez a janela aonde dormiam Hyosuke e Oshawott. O desenvolvedor logo acordou, já que sentia que tinha muito para avançar hoje, mas Oshawott ainda dormia profundamente. Só que... já estava na hora. Imaginando que o melhor seria logo acordar o Pokémon dorminhoco, o garoto se aproximou da lontra.
 
Antes de tudo, decidiu que tirar uma foto de seu Pokémon seria ótimo. Assim, pegando a foto de seu celular, logo capturou a bela e fofa imagem de sua lontrinha dormindo. Depois, vendo a luz do sol que iluminava o quartinho de hotel onde estava, decidiu tirar uma selfie, ainda com sua cara de sono, e logo postou a selfie.
 
Ok, toda a preparação estava feita, hora de acordar o Oshawott. Com cuidado, Hyosuke aproximou sua mão da cabeça de Oshawott, e o chacoalhou lentamente.
 
Em um pulo, e completamente assustado, Oshawott logo se levantou e apontou sua lâmina de concha em direção a Hyosuke. Era irrelevante dizer o quão assustado Hyosuke ficou, logo levantando suas mãos e suando frio por estar na ponta da lança. Mas, depois que analisou a situação com seus olhos semi abertos e cheio de remela, Oshawott se surpreendeu, e rapidamente guardou sua concha.
 
— J-já... está na hora de a-acordar.
 
Ele havia feito besteira. Droga. Correndo até Hyosuke, Oshawott logo o abraçou, como se pedisse desculpas. Hyosuke não teve nem tempo de pensar em uma foto. Ele apenas levou suas mãos ao seu rosto e esfregou seu rosto, tentando esquecer o acontecido.
 
— OK... nunca mais tento te acordar.
 
Ele disse, rindo um pouco para cortar o clima. O Oshawott virou sua cabeça para  rosto do seu treinador, analisando seu semblante, e sorriu, mesmo que ainda sentisse um tanto de culpa pelo ocorrido.
 
— Então... temos muita perna pra bater. Vamos nos arrumar e ir, tá?
 
Oshawott logo acenou com a cabeça, feliz com a proposição de Hyosuke. Ele logo correu para a porta e ficou à frente dela.
 
— Ei, volta. — Hyosuke falou com firmeza na voz. — A gente tem que se arrumar antes de ir.
 
Depois disso, uma longa confusão se instaurou na mente de Oshawott. Primeiro que ele foi colocado numa banheira. Por que? E depois, Hyosuke passou um objeto todo escorregadio pelo corpo dele. Sem falar daqueles pelos que passou em seu dente, ou aqueles outros pelos que passou em sua cabeça. Eram um monte de objetos alienígenas que confundiam Oshawott tremendamente. E enquanto faziam isso, Hyosuke estava sempre apontando um objeto estranho para eles ou para um outro objeto que deixava tudo dobrado. Como assim?! Haviam definitivamente muitas perguntas na cabeça daquele Oshawott.
 
Por fim, ele viu Hyosuke trocar de cor, o que era muito estranho. Ele já havia visto outros humanos, como seu professor, trocar de cor, mas sempre era um grande mistério para Oshawott.
 
Depois de vestido, arrumado e de dentes escovados. Hyosuke se voltou para Oshawott novamente. Ele agaichou, chamou a lontra para perto de si e, de novo, tirou uma outra selfie.
 
— Hehehe, a gente é muito fotogênico, Oshua! ... Hm... Oshua. Parece um nome fofo.
 
E com isso, Hyosuke logo carregou o pequeno Pokémon em seus braços e se dirigiu para fora do hotel em Sunyshore. Mas não seguiram viagem logo em seguida: Hyosuke tinha que ter uma ideia de para onde ir.
 
— Então, é o seguinte. — Hyosuke dizia, trazendo o mapa da região que tinha em seu celular. — A gente tá em Sunyshore, e temos que ir para Veilstone, que é o local do primeiro concurso.       A rota mais simples parece subindo ao norte do Lago do Valor.
 
Oshawott continuava sem entender nada. E talvez demorasse para entender. Ainda assim, Hyosuke não tinha notado isso, e por isso se voltou para Oshawott para pedir sua opinião.
 
— Quer ir pelo caminho mais longo, ou mais curto?
 
O garoto tava brincando? Claro que o mais longo. Os caminhos mais curtos é por onde todos as presas vão, então estão cheias de predadores. Eles tem que pegar o caminho mais longo e evitar emboscadas. Portanto, prontamente Oshawott juntou suas duas patinhas, e depois afastou elas progressivamente, para indicar que ele queria o caminho mais longo.
 
— Boa! Se a gente for por lá, dá mais chance de a gente treinar. E também, o navio acabou de atracar. O concurso não deve começar tão cedo, né? Então vai ser isso, Oshua. A gente vai pelo caminho mais longe!
 
Oshawott ficou feliz com a proposta, logo acenando com a cabeça. Foi assim que os dois, saindo do hotel, partiram em direção à rota 222.
 
— Journey... start! — Hyosuke exclamou para sua câmera, gravando um pequeno vídeo dele e de Oshawott andando em direção à sua jornada.

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Mensagem por Zetheir Qui Dez 12, 2019 10:28 am

Capítulo 3: Medicina Silvestre


Com a cabeça erguida e com o peito inflado, Hyosuke e Oshawott seguiram em frente pela rota 222.

Para Oshawott, a rota 222 era uma rota perfeita. Afinal, a brisa marítima que soprava da orla da rota era de lhe trazer memórias nostálgicas de quando vivia ao ar livre com sua família de Oshawotts. As batalhas que seus irmãos travavam, seus pais, constantemente vigilantes, e suas mães... também vigilantes, eram de trazer belas memórias para a pequena lontra.

E por algum motivo, Hyosuke também sentia essa felicidade vindo de Oshawott. O jeito como ele olhava carinhosamente pelo mar enquanto andava pela estrada feita para os pedestres era interessante. Foi então que Hyosuke teve uma ideia, parando sua caminhada para chamar Oshawott.

Oshua!

Hyosuke chamava o Oshawott. Por um momento, o Pokémon também parou para não deixar seu treinador para trás. Uns dois segundos depois, ele percebeu que aquela chamada era para ele, e assim ele se virou. Hyosuke ainda estava testando a ideia de chamar Oshawott daquele jeito, e parece que a pequena lontra também estava se esforçando em gostar daquele nome. Apesar de ainda estar se acostumando com o nome, Hyosuke ficou feliz que Oshawott havia percebido que a fala era com ele, pelo menos.

Tá afim de passear pelo mar? — Hyosuke dizia, tirando seu celular do bolso e o colocando na horizontal, para tirar uma bela foto do mar à sua frente. — A gente sai da estrada e dá um mergulho, que tal?

“Tá brincando? É óbvio que sim!” era o que Oshawott queria dizer enquanto soltava um “Osha!” como resposta. Ele parecia ficar mais agitado, se balançando para cima e para baixo enquanto esperava seu treinador. Não era bem uma espera como se esperasse uma autorização, era mais uma espera para não deixar o humano para trás. Afinal, apesar de ser o Pokémon de Hyosuke, de forma nenhuma Oshawott seria propriedade de Hyosuke.

Partiu, então! Deixa eu procurar um banheiro aqui em volta pra me trocar...

Hyosuke apenas acabou encontrando uma parte mais densa de árvores no meio da rota, que foi onde ele decidiu se esconder enquanto trocava sua roupa. Agora, com um calção de banho apropriado e um par de óculos escuros, ele estava nos trinques para um mergulho. E durante todo esse tempo, Oshawott só via como ele fez a decisão certa em esperar os humanos lerdos que tem que trocar de cor para tudo.

E assim, com tudo certo para que os dois tomassem um mergulho, Oshawott correu em direção à praia com seus bracinhos para trás. Hyosuke tomou seu tempo, andando pela areia da praia até chegar na beira do mar.

... Ah, droga, esqueci o protetor.

Mas... será que tinha tanto problema assim? Foi o que Hyosuke pensou ao ver seu Oshawott nadando de costas nas ondas do mar. É, não devia ser tão ruim assim. Hyosuke ficaria por pouco tempo no mar, não seria o suficiente para queimá-lo.

Assim, ele correu para o mar e pulou na água, em consequência espirrando um pouco de água na cara de Oshawott, que riu do jato de água caindo em seu rosto.

----------------------------------------------------

Depois de um bom tempo no mar, Hyosuke voltou para a terra firme, onde ele se sentou na areia da praia, deixando seus pés serem molhados vez ou outra pela as ondas do mar. Ele apenas observava Oshawott nadando. Como se sentia um pouco culpado por ter acordado o Pokémon daquela maneira, Hyosuke decidiu deixar o Pokémon se divertindo um pouco. Isso, claro, não deixaria ele sem ter o que fazer, já que Hyosuke se aproveitou deste momento para tirar algumas belas fotos, e algumas só de zoação.

Depois disso, ele aproveitou para olha um pouco seu feed. Além de seus amigos, o que via era seus pais comemorando mais uma negociação da firma, sem falar em alguns posts aleatórios que a conta da firma fazia para puxar publicidade. Também podia ver seus irmãos. Christopher tirava algumas fotos com sua banda de rock que ele formou quando tinha 17 anos. Esse cara nunca ia crescer não? E também via uma foto de Rowan, que tirava mais uma foto no lugar onde trabalhava, com seu jaleco branco enjoado. Rowan só tirava foto séria, isso não cansa não?

Mas depois deste tempo todo olhando seu feed, também viu um post da PML. No post, aparecia uma foto do salão de concursos da cidade de Veilstone, o lugar que era o objetivo final de Hyosuke. Ele TINHA que tirar uma selfie nesse lugar imenso.

Ele também imaginava como seria essa selfie. Que Pokémons estariam junto com ele lá? Será que Oshawott já estaria evoluído? Será que estaria com um amigo que fez na jornada? Ele também pensava quem curtiria... será que algum líder de ginásio importante? Um capitão de desafio? Talvez um top coordenador, ou um jurado? Até um professor Pokémon!

Será que... seus irmãos curtiriam?

Não importa se eles curtiriam. Hyosuke não liga pra eles. Ele só liga pra jornada que está trilhando, que depois que terminar e depois que for o coordenador mais incrível da PML, ele vai poder esfregar tudo na cara dos irmãos. Eles vão ver só!

E depois de divagar tanto no seus pensamentos, ele bloqueava e guardava seu celular. Oshawott não tinha cansado não?

Aparentemente a resposta era não. A lontra ainda batia suas perninhas pela água enquanto nadava de costas, apenas aproveitando a água ao seu redor. É, já tava na hora, eles tinham que adiantar antes que o sol se ponha.  Por isso, Hyosuke logo decidiu chamar pelo Oshawott.

Oshua!

Mais uma vez, demorou um pouco, mas o Oshawott logo ergueu sua cabeça e olhou diretamente para Hyosuke.

Vamo lá? Já tá tarde. Acho que você passou o dia todo aí.

Oshawott logo direcionou seu corpo para a costa, batendo seus pezinhos até que chegasse na costa, de onde ele saltou da água em um só pulo.

Isso aí. Agora vamos... ai...

Como havia pensado, Hyosuke levantou com diversas dores em todo seu corpo. Ele estava com a pele terrivelmente queimada: toda vermelha e toda dolorida.

Eu sempre desafio o protetor solar, por que? Droga.

Tentando resolver o mínimo que podia, Hyosuke puxou sua toalha e colocou por cima de seu ombro, que era o que mais doía. Assim ele podia carregar sua mochila de forma mais eficiente.

E Oshawott entendia muito bem o que tava acontecendo. Quando ele ficava muito tempo no sol, ele também ficava mais avermelhado. E sabia como doía. Sentindo um pouco da dor de seu treinador, os dois caminharam pela rota 222.

---------------------------------------------

Hyosuke parou sua jornada no Hotel Grand Lake, onde ele estava exausto e completamente dolorido. Depois de entrar no quarto designado, Hyosuke apenas encharcou seu corpo de água fria, ligou o ar condicionado e caiu na cama, apenas de cueca, para ver se a queimação aliviava de alguma forma. Só deus saberia o quanto ele estava ardendo. E depois de muito tempo deitado, ele parou para pensar em algo...

Ei... cadê o Oshua?

E como se estivesse lendo sua mente, duas batidas na porta anunciaram a entrada de alguém. Hyosuke suspirou, imaginando todo o trabalho que teria de levantar da cama pra isso, mas assim o fez, colocando uma toalha em volta de sua cintura e andando até a porta.

Quando a abriu... lá estava ele, seu Oshawott. Com algumas berrys na mão, o Pokémon logo entrou, pulando na cama. Hyosuke não fazia ideia do que era aquilo, mas Oshawott bateu sua cauda na cama, como se chamasse Hyosuke para deitar, e assim ele fez.
De repente, ele ouviu o som de berrys amassadas, e assim sentiu seu corpo ser coberto pelas berrys. Oshawott estava melando ele de berrys por que? Ele não quis questionar. Talvez fosse algo que Pokémons fizessem quando reconheciam um amigo, talvez.

Mas foi aí que Hyosuke sentiu um frescor em sua pele, como se as queimaduras desaparecessem... e foi exatamente o que aconteceu! Aquelas berrys milagrosas curaram suas queimaduras!

O garoto logo se levantou, tocando em seu corpo para ver se sentia alguma dor... e nada!

Caramba... o que foi isso, Oshua?!

Com um sorriso, Oshawott parecia orgulhoso de seu feito. Ele entendia queimaduras como ninguém.

Genial... valeu, cara. Ajudou bastante.

Com isso, Hyosuke decidiu tomar outro banho para tirar aquele perfume de berry de seu corpo, e se deitou de novo junto com Oshawott. Ele nunca ia imaginar que um Pokémon pudesse ajudar tanto assim... talvez realmente Hyosuke tivesse muito a aprender pela frente.

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Mensagem por Zetheir Sex Dez 13, 2019 4:35 pm

Capítulo 4: Um Pouco Mais a Aprender


O dia amanhecia no aconchegante Hotel Grand Lake, o hotel próximo ao Lake Valor e um dos resorts mais aconchegantes de Sinnoh. Na verdade, o hotel tem preços excessivos para aqueles que querem passar a estadia. Porém, da rede hoteleira escolhida pela PML para financiar a estadia dos treinadores, o Hotel Grand Lake também fazia parte. Por isso, Hyosuke teve sorte de passar um tempo justamente naquele hotel.

E ele não sairia tão cedo. Afinal, tinha alguns dias ainda para chegar na cidade de Veilstone. Por que não aproveitar um pouco o luxo que o resort tinha para oferecer a seus clientes? É por causa disso que, enquanto Oshua tirava sua soneca incrivelmente longa, Hyosuke decidiu por um pequeno bilhete na porta enquanto ele ia para piscina.

Dessa vez, ele não esqueceria o protetor solar, pelo menos.

E chegando na piscina, ele pode logo ver que existiam algumas pessoas também aproveitando o dia. Uns deles pareciam ser de Sinnoh mesmo, outros pareciam ser estrangeiros. Hyosuke não sabia dizer bem se os estrangeiros eram participantes da PML ou simplesmente turistas, mas ele não se importava muito com isso. O que importava era tirar algumas fotos na piscina e depois tomar um pouco de sol.

Seu descanso era interrompido momentaneamente, com um garoto que tocava em seu ombro enquanto pedia as horas.

São... faltam 10 minutos pro meio dia.

Ah!! — O garoto dizia, se levantando. — Já tá na hora de abrir o restaurante. Eu vim aqui só pra isso.

Veio pro Hotel Grand Lake só… pra comer?

Comer? Não, não, haha. Eu sou um treinador, participando da PML. Vim pelas batalhas.

Ahn? — Curioso, Hyosuke levantava seu corpo levemente, abaixando um pouco seus óculos escuros também. — Eu também sou da PML... como assim batalha?

Não tá sabendo? No Seven Stars Restaurant você pode batalhar também com quem estiver lá. Só precisa pedir a quem estiver comendo lá

Hyosuke não ia mentir que estava com vontade de participar dessas batalhas. Apesar de ser um coordenador, ele não perderia nunca a chance de uma batalha. Beleza sem poder não é nada, ele pensava, e por isso lutar em batalhas Pokémons sempre seriam um plus. E também, são essas batalhas que farão Oshawott evoluir e ter golpes mais luxuosos no futuro.

Você devia tentar. E se quiser vir, venha logo! — O garoto dizia, colocando apenas uma camisa, o que completava seu look em uma camisa e uma sunga com umas sandálias. — Depois do meio dia, os treinadores vão perdendo e as batalhas vão acabando.

E assim, o treinador partiu. É, Hyosuke estava decidido. Ele iria agora mesmo pro quarto acordar aquele Oshawott dorminhoco e chamar ele para uma batalha Pokémon.

Foi por isso que ele correu até o quarto e abriu a porta – com cuidado, para não acordar o Pokémon no susto – e depois segurou o cobertor sobre o qual Oshua dormia em cima. Ele deu leves puxadas, para ver se ele acordava, por que de forma ALGUMA ele ia acordar Oshua tão proximamente quanto antes.

Assim, Oshua acordou depois de umas quatro puxadas, abrindo seus olhos lentamente. Depois, com uma cara parecendo que acabou de ser atropelado por um Tauros, Oshua grunhiu para Hyosuke.

Acorda, Oshua! Eu acabei de descobrir que tem BATALHAS nesse hotel. Vem logo!

O Oshawott obviamente bocejou após saber que teria de sair de seu soninho gostoso... e depois dormiu denovo.

Bora, Oshua... qual foi, mano.

A lontra ficou parada por uns segundos...e  depois fez um audível suspiro, e depois finalmente se levantou na cama, se dirigindo até a beirada e pulando dela pro chão.

Hehe, bom garoto!

Bom garoto? Ele tava falando com quem, um Lilipup? Obviamente Oshua fechou a cara com esse apelido.

... eu só tava brincando, Oshua. Relaxa. Vamo escovar os dentes e tomar um ba-

Oshua arregalou os olhos, e assim correu até a porta, apontando para a maçaneta.

Tá, tá, mas só por que estamos sem tempo. Para o Seven Stars Restaurant!





Assim que abriu as portas do restaurante, um ar de nobreza e elegância atravessou o espírito de Hyosuke. Aquele treinador de antes entrou apenas de sunga e camisa nesse restaurante? Ele não deve ter senso de dress code nenhum. As mesas eram bem decoradas, o piso era de alguma pedra cara que ele não sabia identificar, e praticamente não haviam paredes: apenas enormes, fortes e robustas janelas.

Mas no meio disso, aqui e ali, alguns treinadores realmente batalhavam. Os diversos golpes utilizados de alguma forma não levavam o restaurante à ruína, mas Hyosuke imaginava que bastava um Hyper Beam ser usado para destruir todo o estabelecimento. Até lá, ele parecia seguro.

Hyosuke pois decidiu ir ao buffet do Hotel, onde ele pegou algumas simples comidas e retornou, colocando seu prato na mesa e pondo a comer. Eram uns sabores muito interessantes e exóticos – exóticos demais para que Hyosuke comesse tudo. Mas ainda assim, eram sabores interessantes. É claro que no final ele apenas comeria um simples hambúrguer e um refrigerante. Mas essa mordomia acabaria logo, já que, em poucos minutos, um senhor tocaria o ombro de Hyosuke, e o mesmo viraria para observá-lo. Parecia um verdadeiro gentelman, com uma idade avançada e segurando uma bengala.

Está afim de uma batalha, guri? Minha idade é mais avançada, mas meus Pokémons são bem novinhos, haha.

Mas é claro! Eu vim aqui para isso!

Hyosuke disse, pulando de sua cadeira e segurando a Pokébola de Oshua, que estava exatamente do seu lado, e pronto para batalhar.

Perfeito! Vamos lá então... Vão, Buizel e Cherubi!

Pera... dois? Enquanto o senhor lançava duas Pokébolas no campo de batalha, trazendo uma cerejinha e uma lontra também, Hyosuke ficava confuso. Isso é roubar, não?

Vamos, garoto. Onde está seu segundo Pokémon?

Segundo Pokémon? Mas batalhas Pokémons não são feitas com um Pokémon de cada lado?

Bem, se forem Single Battles, sim. Mas aqui no Seven Stars Restaurant, todos batalhamos apenas em Double Battles!

Double... ah, entendi. Em dupla. Dois Pokémons. Err...

Vamos, traga seu segundo Pokémon. — O velho já parecia um pouco impaciente.

Mas... eu só tenho um Pokémon.

... que decepção. — O velho suspirava. — Ei, jovem, você quer batalhar?

E assim, o velho deixou a batalha que teria com Hyosuke, partindo para outro treinador. O desenvolvedor coçou a cabeça e olhou para OShawott, que parecia um pouco desconfortável.

É... acho que a gente tem um pouco mais a aprender, Oshua...

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Mensagem por Zetheir Dom Dez 15, 2019 6:23 pm

Capítulo 5: O Orgulho Ferido por uma Agulha


Depois de ter perdido a chance de participar de uma batalha no Seven Stars Restaurant, Hyosuke percebeu que ele não poderia passar sua jornada – e com isso, seu primeiro contest – apenas com Oshua como seu Pokémon. Ele tinha que achar mais parceiros para sua jornada. E só tinha um jeito de fazer isso.

Foi assim que, deixando parte de suas coisas no Hotel, Hyosuke partiu para a rota 213, onde ele pretendia buscar algum Pokémon para si.

Ah não, de novo não. A gente já foi pra praia tem um dia, Oshua.

Hyosuke dizia, vendo seu Oshawott correr para a beira do mar, onde ele pulava e nadava na água sem parar. Parece que ele estava gostando das praias de Sinnoh.

Cara, quando a gente chegar em Alola você vai pirar. Mas sério, bora. Eu não consigo pegar um Pokémon sem você.

Claro, a lontra revirou os olhos, mas veio até Hyosuke mesmo assim. Para falar a verdade, Oshawott não estava muito radiante ao pensar na ideia de pegar mais um Pokémon para o time. Ele gostava da exclusividade que tinha, e imaginava se pegar um outro Pokémon fora ele não iria tirar esse carinho exclusivo que tinha.

Basicamente, Oshua estava com ciúmes.

Mas algo falava mais alto do que o ciúmes de Oshua. A vontade de destruir aquele velho. É que além de ciúmes e um forte instinto de sobrevivência, Oshawott odiava ter seu orgulho ferido. Claro, quem realmente teve o orgulho ferido foi Hyosuke... mas Oshua, quanto mais tempo passava com seu treinador, mais desenvolvia um pingo de empatia com ele. Mas é claro, tudo isso levaria tempo, como qualquer relacionamento.

Depois então de passar por toda aquela orla, Oshua e Hyosuke conseguiam vislumbrar justamente o que queriam. Grama alta.

Prontinho Oshua — Dizia Hyosuke, gradativamente reforçando o apelido de Oshawott — é aqui que a gente vai achar um novo Pokémon pra equipe. Um novo parceiro pra gente, que tal?

Oshua olhava um pouco pro chão,  com a cara fechada... mas depois olhava para grama. Tá, estragar com a vida daquele velho valeria a pena. Vamos dar uma chance. Era o que Oshua queria dizer, quando acenava a cabeça para Hyosuke.

Boa! Ok, se ligue.

Ele dizia, se agaichando em frente a sua bolsa e fazendo com que Oshua também se aproximasse.

Temos algumas Pokébolas — Dizia Hyosuke, tirando uma de seu bolso. — e temos alguém para tirar dano. — Ele sorria para o Oshawott, que correspondia com um sorriso e sobrancelhas franzidas que expressavam sua força de vontade. — E também... nosso alvo.

E este alvo era evidenciado pelo dedo estendido de Hyosuke, apontada para nada mais, nada menos... do que um Weedle.

Uma pequena maria mole como aquela? Ele seria o Pokémon para o time que OSHUA participava? Nuh uh, nada disso. Ele só iria lerdar Oshua! É claro que a lontra não concordaria com isso, Olhando com raiva para Hyosuke.

Ahhh, qual foi? Olha aquela coisa na cabeça dele. Parece um ferrão. Você ACHA que ele não vai ser um bom parceiro?

Oshua então revirou os olhos, e depois apontou para outro Pokémon. Esse era um Starly, que parecia pequeno e bem focado. Até por que, ele olhava diretamente para o Weedle, que parecia ser sua presa.

É, aquele passarinho parece legal também, mas eu prefiro o Weedle. Ele tem o ferrão e ele evolui pra Beedril, que eu acho incrível.

Oshua não entendia do que ele tava falando, mas ele realmente iria trocar um Weedle por um Starly? De forma alguma. Oshua decidiu só ignorar aquela ideia tosca e pegar sua concha, correndo para Starly.

... Quê? Oshua! Volta aqui, agora!

O Oshawott decidiu parar para ouvir Hyosuke. Pelo visto, os dois estavam nervosos.

É o seguinte. Eu quero o Weedle, não o pássaro, tá legal? Agora volta aqui pra a gente lutar contra aquela lagarta e voltar pro hotel.

Oshawott olhou por um tempo para Hyosuke... e depois continuou em direção ao pássaro. Dessa vez, Hyosuke não teria a menor paciência.

Oshua, é seu COORDENADOR que tá falando com você. Volta aqui AGORA.

Meu coordenador? O que ele queria dizer com isso? Agora Oshua estava impressionado... mas não de uma maneira boa. Mais uma vez, ele virou sua cabeça para olhar Hyosuke.

Eu que dou as ordens aqui, e todo bom Pokémon obedece. Então volta aqui, e vamos lutar contra aquele Weedle, e NÃO contra aquele pássaro.

Você que dá as ordens, é? Vamos ver.

Oshua correu em direção ao pássaro, sem olhar mais para o que Hyosuke estava fazendo. E assim que chegou, Oshua se pôs entre ele e o Weedle, e tirou sua concha do peito. O Starly obviamente se assustou um pouco, mas depois que viu o Oshawott provocando ele, não hesitou. Logo saiu da posição em que estava de atacar o Weedle, e se pôs à frente de Oshua para atacá-lo.


Jornada - Página 3 Versus12


Oshua tinha que rever suas estratégias, se fosse para derrotar aquele pássaro. Até por que, no primeiro momento, em que usou tentar seu Tackle para atacar Starly, este oponente desviou na hora ao subir aos céus. Como que Oshua atacaria algo que voa?!

A resposta veio logo, por que o Starly podia fazer contato. Fazendo suas asas brilharem, o pássaro veio com um rasante em Oshua, que, por estar encantado pelo brilho das asas, levou um forte golpe em seu peito desprotegido, caindo para trás.

Ele se virou e se levantou, observando o passarinho mais uma vez. Se os golpes dele são só de contato, Oshawott pensava em duas alternativas. Ou ele encarava o golpe de Starly com outro golpe, ou ele ficava longe o suficiente para esquivar dos golpes.

Com esse pensamento rápido, Oshawott já tinha sua alternativa programada e um sorriso de deboche em seu rosto.

Correndo na direção contrária a de Starly, ele parou assim que sentiu que estava em uma distância considerável. Dessa vez, ele apenas esperava o passarinho vir. E como estava agitado, não demorou. Logo as asas de Starly brilharam novamente, e ele desceu com um rasante em Oshua. Perfeito, o plano havia funcionado!

Quando sentia que estava numa boa distância, Oshua pulou para o lado. Enquanto o Starly ficava surpreso por perder a mira de seu alvo, Oshua não deixava barato. Em instantes, um jato de água pressurizado saia de sua boca, acertando o Starly em cheio, fazendo o Pokémon descer dos ares por uns segundos, mas voltando logo depois.

Não era difícil dizer que o pássaro estava impressionado com a estratégia do Oshawott. Nos poucos anos de vida que tinha, Starly só havia visto seus irmãozinhos acertarem uns aos outros indiscriminadamente, sem qualquer tática. É por isso que Starly percebeu que para ganhar, ele deveria usar seu cérebro de passarinho.

Foi isso que fez. Voando em um rasante de novo, dessa vez Starly não exaltava suas asas brilhantes, o que preocupava Oshua. Mas ele manteria a mesma tática. Quando Starly estava numa distância considerável, Oshua pula para o lado. E era exatamente isso o que Starly queria.

Como um Illummise numa noite de verão, o corpo de Starly começou a brilhar. E, com uma velocidade impossível, ele mudou sua trajetória especificamente para Oshua, lhe acertando com uma velocidade inigualável – tão rápido que até tinha acertado Oshua antes mesmo dele utilizar seu Water Gun. Mesmo recebendo o golpe, a lontra não deixou assim, pois ele revidou imediatamente com o jato d’água que estava preparando, acertando Starly em cheio e à queima roupa.

Apesar de ter utilizado uma técnica surpresa com eficiência, o Water Gun utilizado por Oshua daquela vez teve um bônus. Isso porque, acertando Starly diretamente, ele conseguiu se encharcar mais ainda do que o normal, deixando suas asas pesadas e difíceis de voar. Ele tentava bater as asas, mas logo via que seu corpo dificilmente saia do chão. Foi por isso que, ao levantar e observar Starly, a pequena lontra sorriu.

Dessa vez, dando uma corrida, Oshua ia em direção a Starly. Em poucos instantes, ele utilizaria um poderoso Tackle, que finalmente viria a derrubar o Starly. Agora, finalmente desmaiado, Oshua poderia celebrar sua vitória sobre o passarinho, que agora jazia inconsciente.

Ele logo virou seu olhar para Hyosuke... que tinha uma Pokébola em mãos. É isso! Ele iria capturar o Starly! Finalmente ele ouviu o que Oshua estava diz-

Era bom demais para ser verdade. Assim que Hyosuke lançou a Pokébola, dela saiu um insetinho que Oshua viria a odiar tremendamente. Um Weedle.

Oshua, conheça o Needle. — Hyosuke dizia, com um rosto nem um pouco satisfeito. — E vamos voltar para o hotel.

É... até Needle conseguia sentir a tensão no ar. Com Hyosuke e Oshua se encarando com olhares capazes de produzir poderosas faíscas, os dois foram em frente com uma raiva incandescente um pelo o outro.

Aonde é que Needle havia se metido?

Pokémons Capturados

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Needle, the Weedle
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